Na manhã desta terça-feira (10/9), cerca de 500 agricultores familiares protestam em Porto Alegre contra a lentidão na liberação de recursos federais destinados à recuperação das perdas causadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. A manifestação, organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), ocorre em frente à superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e os manifestantes estão preparados para permanecer no local por até três dias.
Reivindicações dos agricultores
Os produtores exigem soluções para quatro principais questões:
- Linha de crédito para capital de giro: Solicitam uma linha de crédito para cooperativas de produção, cerealistas e produtores, com prazo de até 10 anos para quitação, 1 ano de carência e juros de até 6% ao ano, conforme acordo feito durante a Expointer.
- Retificação da Medida Provisória 1.247: Pedem a modificação da medida para que operações de investimento com seguro do bem ou seguro penhor também sejam contempladas com rebate para liquidação ou prorrogação.
- Inclusão no Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF): Solicitam que as parcelas do PNCF sejam incluídas no conjunto de operações beneficiadas.
- Revisão do Proagro Mais: Exigem a desvinculação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como instrumento de identificação fundiária para facilitar o acesso ao Proagro Mais.
Enquanto ocorre a manifestação, representantes da Fetag-RS estão reunidos com membros do Mapa e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para tentar avançar nas negociações.