Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior desenvolveu um sistema de informação geográfica que visa a identificação e gestão da biomassa florestal na Beira Interior, de modo a reduzir o risco de incêndios no território.
Em nota de imprensa, esta agência que tem sede em Belmonte, distrito de Castelo Branco, explica que o projeto pretende promover a gestão florestal conjunta para reduzir o risco de incêndio florestal no território, sendo cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa Interreg V-A.
Com a denominação “GEFRECON – GEstión FoREstal CONjunta”, este projeto já permitiu desenvolver uma ferramenta SIG [sistema de informação geográfica], que permite “visualizar e analisar informação geoespacial sob a forma de uma base de dados especializada”.
A plataforma permitirá relacionar várias premissas operacionais e territoriais e, desta forma, gerar uma análise da biomassa disponível, criando uma oportunidade acrescida de avaliar os efeitos de gestão da biomassa florestal residual.
“Esta ferramenta SIG identifica a biomassa florestal residual disponível no território e a sua valorização será fundamental na prossecução de um dos objetivos principais do projeto GEFRECON, a diminuição do risco de incêndio, associado à criação de valor para o que muitas vezes é caracterizado de desperdício”, aponta a informação.
A integração e disponibilização do módulo de simulador gestão de biomassa florestal residual permite a previsão da quantidade de biomassa disponível, sendo assim, uma ferramenta importante para controlo e avaliação da sua exploração e disponibilidade, acrescenta.
Tal também permitirá apoiar a definição de estratégias de planeamento da exploração e escoamento da biomassa.
Com o nome ‘gefrecon_SIG’, esta ferramenta também deverá contribuir para reduzir a área ardida e para reduzir a importação de combustíveis fósseis.
A valorização da biomassa florestal residual e o aumento da atratividade pela gestão florestal são outros dos objetivos deste sistema.
Citado na nota de imprensa, o diretor-geral da ENERAREA, Carlos Santos, salienta que está em causa uma “importante ferramenta de gestão da biomassa disponível, considerando a escala geográfica territorial abrangida”.
Este responsável vinca ainda o facto de o sistema permitir estudar os cenários do ponto de vista económico e ambiental.