O estado saiu de 375,15 MW de capacidade de produção em 2012 para 6.762 MW em 2022, ou 6,7 GW.
Naquele ano, o estado tinha 12 parques eólicos funcionando, com 248 turbinas em operação. Uma década depois, já são 220 parques espalhados pelo estado, com 2.696 torres. A previsão de especialistas, é de um novo cenário na próxima década, com a operação de parques eólicos em alto-mar.
Os dados foram levantados pelo g1 dentro da página especial dos 10 anos do portal no Rio Grande do Norte.
Atualmente, a energia gerada pela força dos ventos representa 90,5% da produção de energia no estado, considerando-se as demais matrizes energéticas, como energia solar, hidrelétrica e biomassa. O RN é o maior produtor de energia eólica do país.
O estado estava entrando no mercado de produção de energia eólica em 2012. Após o primeiro leilão, realizado pelo governo federal três anos antes, em 2009, os primeiros parques eólicos contratados pelo mercado regulado pelo governo começavam a operar naquele ano.
O presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Darlan Santos, trabalhava na equipe da Petrobras que instalou quatro parques eólicos em 2012 no estado. Uma década depois, ele lembra alguns dos entraves que o setor enfrentava no início.
“Como esse mercado estava iniciando no Brasil, uma dificuldade era a mão de obra. Era muito difícil encontrar mão de obra especializada para trabalhar na implantação desses parques e no desenvolvimento dos projetos. Era muito comum chegar a um canteiro de obras e encontrar profissionais de outros países. Era difícil encontrar as próprias máquinas, não tinha muitos fabricantes no Brasil. Outra dificuldade era encontrar fornecedores para a cadeia produtiva, para compra de concreto, aço, a logística de transporte. Tudo estava de desenvolvendo”, afirma.