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Sustentabilidade

Galp busca novas oportunidades de investimento em energia eólica e solar no Brasil

A empresa vai adquirir e desenvolver dois projetos solares com uma capacidade combinada de cerca de 600 MW, com objetivo de reduzir a pegada de carbono

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O CEO da empresa portuguesa de petróleo e gás Galp Energia, Andy Brown, disse hoje (14) que considera o Brasil um país atraente para prosseguir sua aposta em energia solar e eólica, acrescentando que a empresa está procurando oportunidades de investimento no país.

A Galp concordou em outubro em adquirir e desenvolver dois projetos solares no Brasil com uma capacidade combinada de cerca de 600 megawatts (MW), dando um salto importante no seu esforço para remodelar o seu portfólio e reduzir a sua pegada de carbono.

“Esses 600 MW são apenas o começo, estamos analisando oportunidades em diferentes locais do país”, disse Brown. “Queremos expandir nossa posição em renováveis e o Brasil é um país rico em oportunidades, tem uma estrutura atraente para investirmos”, completou.

Ele disse que a Galp está se concentrando em projetos solares e eólicos, acrescentando que o Brasil também é um “lugar muito atraente para o hidrogênio competitivo” – uma área que a Galp “vai considerar em tempo oportuno”, paralelo à construção de sua posição renovável.

Em junho, a Galp anunciou que iria reforçar o foco em energias renováveis e limitar os gastos com combustíveis fósseis em desenvolvimentos já aprovados, resultando em um corte de 20% para entre €800 milhões e €1 bilhão em capex – “capital expenditure”, o montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital de uma determinada empresa – até 2025.

Também em 2025, o negócio de upstream (exploração e produção de petróleo) representará cerca de 40% do capex líquido da empresa, abaixo dos 70% e 88% entre 2016 e 2020.

A companhia gastará principalmente em empreendimentos já sancionados, como o projeto Bacalhau 1, no pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos.

Brown acrescentou que a Galp, depois de ter investido cerca de US$ 5 bilhões nos últimos 20 anos no upstream do Brasil, “já tem 50 anos de oferta” garantidos com as reservas descobertas e não planeja perfurar mais poços no país.