A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE divulgou, nesta segunda-feira (18), dados consolidados do seu boletim InfoMercado mensal que mostram que a produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional – SIN, entre janeiro e julho de 2017, foi 25,3% superior à geração no mesmo período do ano passado.
As usinas da fonte produziram um total de 3.794 MW médios frente aos 3.029 MW médios gerados no mesmo período de 2016. Ao final de julho deste ano, a CCEE contabilizou 446 usinas eólicas em operação comercial no país, que somavam 11,3 GW de capacidade instalada, incremento de 19,7% frente à capacidade das 371 unidades geradoras existentes em julho de 2016.
No início de setembro, a ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) contabilizou 12,18 GW de capacidade instalada e 486 parques eólicos, incluindo-se nesta conta também as usinas que já entraram em teste.
Os dados de geração da CCEE apontam ainda que o Rio Grande do Norte permanece como maior produtor de energia eólica do país com 1.227 MW médios em 2017, aumento de 25,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia com 819 MW médios produzidos (+30%), o Rio Grande do Sul, que alcançou 565,6 MW médios (+16,3%) e o Ceará com 494 MW médios (+1,3%). Veja abaixo o Ranking da CCEE:
“Estes dados mostram a força de um setor que está em franco crescimento. A geração de eólica vem ganhando uma importância cada vez maior e tem inclusive sido a salvação do Nordeste devido ao baixo nível dos reservatórios da região”, explica Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica. “Na quinta-feira da semana passada, por exemplo, as eólicas abasteceram 64% da demanda média do Nordeste. Isso em um dia de semana, com alta demanda, é algo extraordinário. Se considerarmos o Brasil todo, já chegamos a atender cerca de 12% da demanda nacional. E esses números tendem a crescer com mais parques entrando em operação”, completa.