A geração distribuída de energia renovável atingiu 4 GW de potência instalada. Cada vez mais os “prossumidores” estão investindo em geração própria do insumo utilizando fontes como a solar fotovoltaica, o biogás, a biomassa, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e os sistemas eólicos. “Começamos 2020 com 2GW e dobramos essa marca antes do ano acabar”, comemora Carlos Evangelista, presidente da ABGD. “Isso é possível, durante um ano duro como este, porque a GD é uma alternativa sustentável que também contribui para a redução dos gastos com energia”, destaca o executivo.
Evangelista analisa que o perfil do consumidor de energia vem mudando no Brasil: “eles buscam cada vez mais liberdade de escolha, procuram oportunidades de redução de custo, de inovação, eficiência energética e estão incorporando valores como a sustentabilidade”. Segundo ele, o crescimento da GD é prova da migração do perfil de consumidor para o de “prossumidor”. “Precisamos garantir o direito de acesso à GD a todos os brasileiros, por isso trabalhamos para a segurança jurídica da modalidade”, comenta.
As normas que regulam a geração distribuída estão em processo de revisão na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e também são objeto de debate no Congresso Nacional. A ABGD participa ativamente das discussões, em busca de uma alternativa equilibrada. A Associação contribuiu tecnicamente para a elaboração de um capítulo inteiro dedicado à GD no anteprojeto do Código Brasileiro de Energia Elétrica, que traz uma proposta de consenso para a nova regulação.
Com a modernização da regulação e a retomada econômica, o presidente da ABGD projeta mais crescimento em 2021. “A geração distribuída é uma oportunidade em um cenário de recuperação econômica, ela significa economia financeira, redução de perdas com transporte de energia e mais sustentabilidade, está profundamente alinhada com os anseios dos consumidores”, conclui.