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Meio Ambiente

Biodigestor no DF

Implantação de biodigestores em granjas suinícolas gera discussões e promete novos rumos para a suinocultura do DF.

Biodigestor no DF

O pontapé inicial para a implantação dos biodigestores nas granjas associadas à Associação dos Criadores de Suínos do DF (DFSuin) aconteceu na semana passada com visitas às propriedades e realização de um workshop cujo tema foi Geração Distribuida de Energia, onde estiveram presentes engenheiros da Tencel Engenharia, Sansuy Biodigestores, ER-BR – Energias Renováveis (Moto Geradores) e HE Energias – Comercialização de Energias.

O encontro aconteceu na última quinta-feira, 27/01/2011, e teve a presença de importantes figuras do setor, como o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape),o senhor Renato Simplício. O evento contou com quatro momentos, os três primeiros encabeçados pelos representantes das empresas interessadas e o último formatado em uma rodada de perguntas. Entre as vantagens apresentadas estão o fato de que um biodigestor pode evitar graves problemas ambientais, como a contaminação do solo e da água, visto que sua função essencial é transformar dejetos em energia, que por sua vez pode ser comercializada gerando receita a partir de uma renda extra para o produtor. Além disso, segundo Daniel Satoru, responsável pelo departamento comercial da Sansuy, o equipamento reduz a proliferação de moscas, odores e versa sobre vantagens acerca de biogás e biofertilizantes. Não é à toa que a China, atualmente uma das nações mais desenvolvidas do mundo, possui mais de 30 milhões de biodigestores.

A reunião que sugeriu a parceira entre quatro empresas para mapear e cobrir de todas as formas o processo responsável pela implantação dos equipamentos no DF seguiu com uma discussão sobre a comercialização de energias. A empresa HE Energias propôs que além do uso interno, haja a formação de um grupo ainda maior visando a venda externa de energia, gerando, assim, uma nova fonte de renda. Porém, devido ao pequeno e médio porte da maioria dos associados houve certo receio sobre esse assunto.

Jubert de Almeida, consultor de negócios da empresa ER-BR- Energias Renováveis, citou o Protocolo de Quioto, tratado internacional com compromissos rígidos para a redução da emissão de gases poluentes, e o crédito de carbono, certificados emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa, sendo que esse crédito pode ser comercializado no mercado internacional, como fator importante para se acreditar em propostas ambientalmente corretas. “Acredito que todos os suinocultores, independente do porte, devem possuir um biodigestor, terão um retorno garantido, principalmente do ponto de vista ambiental. Independente da comercialização da energia gerada, independente se o produtor vai ou não vender essa energia, ainda assim a implantação dos biodigestores é, sem sombra de dúvidas, fundamental, imprescindível”, ressalta o consultor.

Para o produtor a expectativa é otimista, GelsaTiggerman admite que as vantagens de aliar tecnologia a seu negócio são inquestionáveis, pois trará muitos benefícios, contribuindo para toda questão ambiental incansavelmente debatida. Além disso, a possibilidade de gerar energia, mesmo que somente para consumo interno, é muito interessante.

Os próximos passos vão depender dos estudos de viabilidade que foram feitos enquanto as corporações estiveram presentes no estado. O projeto é minucioso e muito bem elaborado; agora é preciso esperar para que, enfim, a proposta seja concretizada.