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Produção e consciência ambiental

A suinocultura catarinense investe em bioenergia para reduzir os danos dos dejetos suínos.

Produção e consciência ambiental

A suinocultura é um dos pilares da economia catarinense. O setor é responsável por cerca de 65 mil empregos diretos e outros 140 mil indiretos. A cada ano, mais de 650 mil toneladas de carne são produzidas e os abates superam 4 milhões de cabeças. Contudo, se a atividade é vital para assegurar emprego e renda a um contingente imenso de trabalhadores rurais, e se participa de forma decisiva nas exportações estaduais, há que se atentar para o reverso da medalha: a suinocultura impõe um pesado ônus ambiental, pelo acúmulo de toneladas de dejetos dos animais.

Por anos, procedeu-se ao puro e simples descarte dos dejetos nos cursos d’água. A região Oeste sofre de modo severo as consequências desse processo de poluição. Felizmente, a tecnologia pode contribuir para que as agressões à natureza sejam reduzidas. Com um benefício adicional: diminuição dos custos de produção.

Diretores da Celesc vão se reunir amanhã (03/03) com líderes empresariais alemães para discutir a instalação de uma usina de bioenergia no Oeste. O combustível é o próprio dejeto de suínos. Eis uma iniciativa que poderá render excelentes dividendos. Além do meio ambiente ser menos agredido, os produtores rurais, na maioria de base familiar, poderão até obter renda extra. Ganha ainda o Estado com produção adicional de energia.

Produzir preocupando-se com a preservação ambiental é um modo de Santa Catarina diferenciar-se dos concorrentes internacionais. Mercados mais exigentes, como os da Europa e Japão, vêm dando mostras repetidas de que se importam com a origem dos produtos que consomem, reivindicando inclusive a criação de selos verdes de exportação.

Editorial Diário Catarinense