Cortar o consumo de carne diariamente não causa o menor impacto no combate ao aquecimento global. Esta é a conclusão de um estudo apresentado na 239th National Meeting of the American Chemical Society, nos Estados Unidos. Segundo o especialista americano Frank Mitloehner, relacionar a produção animal a este debate é “cientificamente impreciso e ainda confunde a sociedade que está em busca de soluções efizazes de combate às mudanças climáticas”.
Ele criticou a campanha americana “Menos carne às Segundas (Meatless Mondays)” e uma campanha europeia, chamada “Menos carne = menos calor (Less Meat = Less Heat)”, lançadas em 2009. “Nós certamente podemos reduzir nossa produção de gases que causam o efeito de estufa, mas não por consumir menos carne e leite”, disse Mitloehner. “Produzir menos carne e menos leite só vai resultar em mais fome nos países pobres.”
Para o especialista, os países desenvolvidos devem reduzir o consumo de petróleo e carvão na geração de eletricidade e produção combustíveis para veículos. “O setor de transportes gera cerca de 26% de todas as emissões de gases de efeito estufa nos EUA, por exemplo, enquanto a produção agropecuária, que envolve a alimentação humana, gera cerca de 3%”, disse ele.
Por fim, ele defende que o combate ao aquecimento global deve ser centralizado em setores que realmente poluem e representam uma fatia significativa na emissão de gases. Não é o caso da produção animal, que envolve a avicultura, suinocultura e bovinocultura. As informações são do site internacional Pig Progress.