A Rede de Monitoramento da Qualidade da Água, projeto conduzido pela Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC) desde 2007, tem como um dos objetivos promover a educação ambiental nos municípios signatários do Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) da Suinocultura na região Oeste de Santa Catarina. O projeto conta, atualmente, com a participação de quatro municípios, que seguem realizando o trabalho de monitoramento dos rios. A iniciativa teve o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e da empresa Alfakit.
Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves e responsável pela rede de monitoramento, Julio Cesar Pascale Palhares, este trabalho já mostrou resultados positivos. “Os monitores identificaram os problemas no percurso do rio e alguns grupos procuraram conversar com os agentes poluidores, identificados através do monitoramento. E, alguns grupos fizeram a soltura de peixes no rio porque a água estava apresentando uma boa qualidade”, comenta.
Outra iniciativa que deu certo e rende frutos até hoje foi o informativo H2O Notícias que já está na 27° edição. O instrumento foi criado com o objetivo de facilitar a troca de informação entre o grupo e fazer a divulgação dos resultados que estavam sendo obtidos em cada município. O informativo é distribuído mensalmente via e-mail para todos os participantes da rede.
O Monitoramento da Qualidade da Água iniciou com uma rede de 12 municípios. Ao término do período de trabalho proposto inicialmente, o pesquisador Palhares conseguiu uma verba para subsidiar os trabalhos por mais um determinado período. Porém, somente quatro municípios continuaram as atividades: Alto Bela Vista, Ouro (monitora dois rios), Arabutã e Irani.
Segundo o pesquisador, esta queda de participação dos municípios já era esperada. “Isso é normal, não me surpreendeu. Todo projeto um dia acaba e a ideia nunca foi obrigar os grupos a fazerem o trabalho, mas sim deixar que eles mesmos se interessassem e fizessem o monitoramento por entender que ele é importante”, ressalta Palhares.
Os quatro municípios que ainda fazem o monitoramento são provas de que a iniciativa continua gerando frutos e alcançou o objetivo inicial de promover a educação ambiental. Segundo Palhares, a ideia da educação ambiental continua presente nos municípios. “Temos relatos de municípios que não estão mais fazendo o monitoramento, mas estão, por exemplo, usando os Ecokits nas escolas para mostrar aos alunos a qualidade da água e a importância de preservá-la. Isso mostra que a semente plantada pelo projeto, de uma forma ou de outra, ainda continua gerando bons frutos”, conclui o pesquisador.
Mais informações podem ser encontradas na página eletrônica Suínos, Aves e Meio Ambiente, no endereço http://www.cnpsa.embrapa.br/projeto.