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Tratamento de dejetos

Seara Alimentos, do grupo Marfrig, inaugura em Diamantino (MT) o maior sistema de tratamento de dejetos de suínos do Brasil.

Tratamento de dejetos

A Seara Alimentos S.A., do Grupo Marfrig, inaugurará o maior sistema de biodigestores para tratamento de dejetos suínos do Brasil amanhã, sábado (13/03), em Diamantino (MT).

O empreendimento evitará emissões de metano para a atmosfera equivalentes a cerca de 73 mil toneladas de CO2 por ano, o que equivale ao plantio e preservação de 15 milhões de árvores nativas ou 6.820 hectares de reflorestamento. O projeto, concebido conforme os requerimentos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto (ONU), está em processo para ser registrado e já se encontra validado por uma Entidade Operacional Designada (EOD). Adicionalmente, gerará energia suficiente para abastecer o complexo de suínos da empresa no local – que envolve 11 mil matrizes e 110 mil animais terminados/ano – e produzirá excedente necessário para suprir as necessidades de energia de uma cidade de 8.500 habitantes. O investimento foi de R$ 8 milhões e está contemplado no CAPEX para 2010 anunciado no Fato Relevante de 26 de outubro de 2009, feito pela Marfrig Alimentos S.A.

“O sistema foi planejado para atender às mais rígidas exigências regulatórias em termos de preservação ambiental e será modelo para empreendimentos semelhantes no futuro”, explica Mayr Bonassi, diretor geral da Seara.

São duas as finalidades básicas do empreendimento da Seara em Diamantino (MT): tratar os dejetos líquidos do complexo e purificar a água. Os ganhos são claros. “O metano, que é um gás do efeito estufa gerado pelo sistema de tratamento de dejetos convencional em lagoas, é capturado e queimado, reduzindo significativamente a contribuição da suinocultura para o aquecimento global. A maior parte da queima do metano ocorre em geradores de energia elétrica. Já a água é o insumo mais valioso que temos, indispensável à própria manutenção do complexo. Depois de purificada, cerca de 70% é reutilizada e 30% vai para fertirrigação”, ressalta Bonassi.

No total, serão processados diariamente 2 milhões de litros de dejetos, produzindo aproximadamente 20 mil metros cúbicos de biogás por dia. Na primeira fase do empreendimento – já concluída – uma planta de 700 kW abastecerá o complexo de granjas, tornando-o auto-suficiente em eletricidade. Na segunda fase está prevista a ampliação da planta de geração de biogás para 2MW, que permitirá a exportação do excedente de energia para outra unidade do Grupo Marfrig no Mato Grosso. Além dos benefícios ambientais, o sistema de biodigestores da Seara proporcionará uma economia anual de R$ 2,5 milhões em energia elétrica, além das receitas obtidas com a comercialização de créditos de carbono no âmbito do MDL.