Para apresentar um panorama da agropecuária brasileira e do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Governo Federal para apoiar o setor, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou nesta quarta-feira (4) da abertura do Exame SuperAgro, realizado em Cuiabá (MT). Nesta edição do evento, especialistas e líderes discutem soluções para o futuro do agronegócio brasileiro ao longo de painéis temáticos.
Em seu discurso, Fávaro destacou que o Brasil encontrou sua vocação: produzir alimentos e energia renovável com sustentabilidade. Ele ressaltou que o Governo Federal está comprometido em aumentar a produção de alimentos sem desmatamento e apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD).
“O Brasil pode e deve intensificar sua produção, mas não precisa ser sobre as florestas ou sobre o cerrado. Agora temos outras oportunidades. Por isso, o governo do presidente Lula lança o programa de recuperação de pastagens degradadas. Fizemos um estudo muito criterioso e identificamos 40 milhões de hectares propícios ao crescimento da produção brasileira. É dobrar nossa produção sem derrubar uma árvore sequer”, explicou Fávaro.
O ministro também destacou que uma das prioridades do presidente Lula é o combate à fome. “Não é admissível passar fome. Graças às políticas públicas, o Brasil, em 20 meses, tirou mais de 24 milhões de pessoas da situação de fome”, disse.
Fávaro também enfatizou o fortalecimento das boas relações diplomáticas do Brasil com o mundo. “O presidente viaja o mundo reestabelecendo as relações e nos orienta a buscar oportunidades econômicas. Olhem o que acontece: já abrimos 182 novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira em 58 países. Recorde absoluto. São oportunidades para os nossos produtores”, evidenciou.
Entre os destaques, está a exportação de carnes bovinas e suínas para o México, aguardada há 20 anos, e a abertura do mercado de algodão brasileiro para o Egito, reconhecido internacionalmente. Fávaro também mencionou aberturas em setores menores: “Não é só para grandes produtores que abrimos mercados. Abrimos o mercado de açaí em pó para a Índia. Imagina o açaí caindo no gosto da população indiana? Olha que geração de oportunidades”, pontuou.
O ministro do Mapa também citou a habilitação de frigoríficos: “Como se não bastasse a abertura de mercados, também ampliamos as relações. Por exemplo, com a China. Recebemos o governo com 12 plantas frigoríficas com habilitação suspensa. Com um grande trabalho diplomático, reestabelecemos 11 delas e habilitamos mais 43. O que dá um total, em 20 meses, de 54 frigoríficos habilitados. O que isso significa? Oportunidade e geração de emprego”, exemplificou.
O ministro Fávaro concluiu reforçando que, além das boas relações comerciais, as novas oportunidades no mercado exterior surgem graças à capacidade técnica e sanitária do Brasil em produzir.