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Internacional

Na China tem energia solar mais barata que elétrica

Pesquisa aponta um marco histórico na tentativa de se livrar dos combustíveis fósseis. 

Na China tem energia solar mais barata que elétrica

De acordo com uma pesquisa feita pela revista Nature Energy, o mercado chinês de energia chegou a um ponto em que a energia solar gerada em casa é mais barata do que a eletricidade gerada pela rede nacional. A pesquisa, conduzida por especialistas suecos e chineses, aponta um marco histórico na tentativa de se livrar dos combustíveis fósseis. 

Ela diz que a China é o maior consumidor mundial de eletricidade solar fotovoltaica (PV), com 130 GW de capacidade instalada a partir de 2017. A capacidade fotovoltaica do país deverá atingir pelo menos 400 GW até 2030, para fornecer 10% de energia primária. Por outro lado, a relação entre radiação de superfície observada e emissões de dióxido de enxofre e carbono negro sugere que “medidas de controle da poluição atmosférica combinadas com a redução do consumo de combustível fóssil permitiriam o aumento da radiação de superfície”.

A China é o país mais poluidor de todo o globo, pois embora o abrigue apenas 18% da população mundial, ainda consome 28% de todo o combustível do mundo. Em contrapartida, o compromisso de utilizar 35% de combustíveis não-fósseis em sua matriz elétrica fez com que o país se tornasse, nos últimos anos, não só num dos principais produtores, mas também um importante mercado para a energia solar.

 Como o maior consumidor mundial de energia solar, a China está tentando superar os hábitos do passado, de queima de carvão, visando um futuro mais sustentável. Uma ironia que envolve o país, entretanto, é que, por lá, a poluição é tão intensa que freia em 15% a produção de painéis solares. 

A revista Nature Energy também descobriu que a reversão dos níveis de radiação na década de 1960 na China poderia gerar um aumento de 12 a 13% na geração de eletricidade, e quando se fala em dinheiro, isso significa um benefício de US$ 4,6 a 6,7 ??bilhões (R$ 18,3 a 26,7 bilhões) em 2030. Sendo assim, ainda fica o questionamento sobre o futuro do país a respeito do mercado energético.