Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Novos Negócios

Paraná oferece grandes oportunidades de investimento com foco na sustentabilidade

Na Região Oeste, pacote de investimentos da Itaipu em parceria com governos estadual e federal contribui com a atração de novos negócios

Paraná oferece grandes oportunidades de investimento com foco na sustentabilidade

Fórum de Investimento BrasilCom a participação da Itaipu Binacional, governo do Paraná e Sanepar, o painel Energia, Investimentos Estratégicos e Sustentabilidade para o Desenvolvimento Territorial, do 4º Fórum de Investimentos Brasil (BIF, em inglês), demonstrou que o estado oferece grandes oportunidades para novos negócios com foco na sustentabilidade. O debate, com 161 inscrições, encerrou o segundo e último dia do evento promovido pela Agência de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex), realizado de forma on-line e que conta com a Itaipu entre as instituições patrocinadoras.
A Itaipu foi representada pelo diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, e pelo superintendente de Gestão Ambiental, Ariel Scheffer da Silva, que atuou como moderador da sessão. Também participaram o presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Cláudio Stabile, o vice-governador do Paraná, Darci Piana, e o conselheiro da Itaipu José Carlos Aleluia Costa.

Carbonell e Piana destacaram a parceria entre o governo estadual e a Itaipu para a melhoria da infraestrutura regional com diversas obras estruturantes, como a construção da segunda ponte com o Paraguai, a ampliação da pista de pouso do Aeroporto Internacional de Foz, a construção da Perimetral Leste, entre outras obras, que somam R$ 2,5 bilhões de investimentos pela binacional. “O Paraná deverá se tornar um grande hub logístico da América do Sul”, afirmou o vice-governador.

Carbonell explicou que esses investimentos em logística e infraestrutura, associados a outros aportes realizados pela Itaipu em meio ambiente (como a manutenção de áreas protegidas, os cuidados com os rios da região e com o reservatório, a formação do Corredor de Biodiversidade que liga os parques nacionais do Iguaçu e Ilha Grande) e novas tecnologias (como as pesquisas do Parque Tecnológico Itaipu em biogás, solar fotovoltaica, baterias de sódio e hidrogênio), têm o potencial de atrair outros investimentos para a região.

“Itaipu é muito mais do que geradora de energia. É um caso de sucesso de uma empresa que investiu e segue investindo, abrindo oportunidades para novos investimentos públicos e privados na região”, afirmou, destacando que a revisão do Anexo C em 2023 (a parte financeira do Tratado de Itaipu) não altera a missão institucional da empresa, que inclui o desenvolvimento sustentável do território e que, por isso, essa atuação terá prosseguimento no futuro.
Ariel Scheffer destacou a centralidade do tema água e energia na Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas. Dado o peso da hidroeletricidade no Brasil, o nexo entre água e energia para a produção de eletricidade é bastante evidente. “A água é base para gerar energia e um fator básico para a saúde e o saneamento. Portanto, ambos são fundamentais para a recuperação econômica pós-pandemia em bases sustentáveis”, disse.

Stabile, da Sanepar, também destacou a importância da Agenda 2030 para empresa, no que diz respeito aos grandes objetivos da companhia, que são a universalização dos serviços de abastecimento e saneamento, em linha com as metas do ODS 6. “Apesar das atuações distintas, nosso papel (Sanepar e Itaipu) é atuar com outros atores que também utilizam a água para a geração de riqueza, para que possamos realmente fortalecer a sustentabilidade”, afirmou.

Na oportunidade, o vice-governador apresentou um panorama dos principais números da economia estadual, destacando a presença de um polo automotivo responsável pela produção de 500 mil veículos/ano; o principal polo de fabricação de papel do país (somente a Klabin está investindo R$ 12,9 bilhões em uma nova planta); a presença de sete das 10 maiores cooperativas da América Latina (o setor faturou R$ 117 bilhões em 2020 e projeta chegar a R$ 200 bilhões em 2025); além de ser o estado que mais produz alimentos por metro quadrado no mundo – entre outros dados.

Já Aleluia traçou uma retrospectiva do setor elétrico nos últimos 40 anos, destacando o papel do estado brasileiro nos anos 70, com a criação da Eletrosul, Furnas, Chesf, Eletronorte e Itaipu; passando pela entrada de capital privado no setor, nos anos 90, época em que também entrou em funcionamento a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); passando também pelos investimentos em novas formas de geração de energia, como as eólicas, biomassa, solar e PCHs a partir do Proinfa; e chegando ao cenário atual, que ele considera o mais atrativo para investimentos privados até o momento. Nesse sentido, o conselheiro destacou o processo de privatização da Eletrobras e a carteira de projetos que prevê expandir a capacidade instalada do setor elétrico nacional em 50 mil MW nos próximos 10 anos.

Como as sessões do BIF foram transmitidas pela internet, a sessão foi acompanhada, em Foz do Iguaçu, pelos diretores da Itaipu, general João Francisco Ferreira (diretor-geral brasileiro), almirante Anatalicio Risden (financeiro), almirante Paulo Roberto da Silva Xavier (administrativo) e Mariana Favoreto Thiele (jurídica).