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Eólica

Suécia anuncia plano para energia eólica offshore em meio a debate sobre fonte nuclear

A ministra do Meio Ambiente, Annika Strandhäll, informou que foram designados três setores de desenvolvimento: no Golfo de Botnia, no Mar Báltico e no Mar do Norte

Suécia anuncia plano para energia eólica offshore em meio a debate sobre fonte nuclear

O governo socialdemocrata da Suécia anunciou, nesta terça-feira (15), um plano de desenvolvimento de energia eólica offshore, em meio a um debate sobre a escassez de eletricidade e o futuro da energia nuclear no país, a sete meses das eleições parlamentares.

A ministra do Meio Ambiente, Annika Strandhäll, informou que foram designados três setores de desenvolvimento: no Golfo de Botnia, no Mar Báltico e no Mar do Norte.

Em um primeiro momento, o objetivo é alcançar uma produção de eletricidade marítima de 20 a 30 terawatts-hora (TWh), com um plano de desenvolvimento de longo prazo de cerca de 120 TWh.

Segundo o governo, o consumo atual de eletricidade na Suécia é de cerca de 140 TWh por ano. O desenvolvimento de grandes projetos industriais de energia verde na Suécia – como fábricas de baterias elétricas, siderúrgicas usando hidrogênio de fontes renováveis, entre outros, especialmente no norte do país – pode, contudo, gerar importantes necessidades elétricas nos próximos anos.

Isso se soma à forte demanda, com um inverno marcado pela alta dos preços da eletricidade e por problemas de escassez na Europa.

As discussões sobre o futuro da energia foram um dos principais temas dos debates políticos anteriores às eleições legislativas de setembro.

Direita e extrema direita defendem investimentos rápidos em novos reatores nucleares. Esta questão dividiu a classe política da Suécia durante décadas, após um referendo de 1980 que apoiava uma saída progressiva do átomo civil.

Os socialdemocratas no poder, que se opõem oficialmente às novas usinas, deram sinais mais positivos, validando um centro de armazenamento definitivo de resíduos.

Com um importante recurso hídrico, a Suécia pode contar com um dos parques elétricos de menor emissão de CO2 da Europa.