ACCS comemora o retorno das exposições

A Suinocultura Catarinense sem dúvida, a nível nacional se transformou num pólo de referência não só na área de melhoramento genético como também em nutrição, manejo, reprodução e sanidade. Santa Catarina foi palco de exposições de nível nacional e internacional, pois havia intercâmbio entre criadores de vários Estados como também de países como Uruguai e Argentina. Com o reconhecimento pela OIE em 25 de Maio de 2007, como Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, Santa Catarina passou a ser alvo de missões estrangeiras, com o objetivo de auditar os serviços em defesa sanitária animal desenvolvidos pelo Estado para viabilizar a importação de carne suína.

Junto com este reconhecimento do Estado, medidas sanitárias cada vez mais rigorosas foram surgindo com o objetivo de diminuir os riscos sanitários, evitando assim a introdução de doenças no rebanho Catarinense, que poderiam interferir na economia do Estado. Tais medidas culminaram com a exigência de que animais oriundos de Granjas GRSC (Granjas de Reprodutores Suídeos Certificada) só poderiam ser comercializados após os eventos se os mesmos fossem submetidos ao um período de quarentena (30 dias) com realização de exames sanitários, caso contrário todos os animais deveriam ser enviados ao abate. Este procedimento não só inviabilizou a participação de suínos da Expo Concórdia – SC 2011, como também a de Esteio – RS 2011. Muitos produtores frustrados por não poderem expor seus animais, a não ser que cumprissem as exigências sanitárias começaram a acreditar que exposições e feiras em Santa Catarina seriam “coisas do passado”.

Com mais esta preocupação e juntamente com as crises cíclicas da suinocultura, muitos produtores de material genético solicitaram através da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS que as autoridades sanitárias não só do Estado como também do MAPA, realizassem um estudo sobre fatores de risco que poderiam existir durante a permanência dos animais num parque de exposição, já que estes perderiam a condição de animais oriundos de GRSC. A ACCS buscou desde então a mudança deste procedimento para que se voltasse a ter grandes eventos do agronegócio com exposição de suínos, atividade que ostenta um diferencial sanitário das demais Federações do País. Após vários estudos sobre fatores de risco e preocupados com prováveis cancelamentos de feiras e exposições de suínos já marcadas no calendário oficial de eventos, as autoridades sanitárias do Estado através da instrução de serviço 010/2012/GEDSA, estabeleceram os procedimentos a serem cumpridos para a participação de suínos em exposições, feiras e leilões, viabilizando desta forma o retorno dos grandes eventos.