Os 15 empresários brasileiros que participaram da exposição Food Hospitality China 2011 (FHC), realizada entre os dias 16 e 18 de novembro, em Xangai, fecharam negócios no valor de US$ 2,4 milhões durante o evento. Para os próximos doze meses, ainda como resultado da feira, a expectativa é que ainda sejam negociados US$ 5,5 milhões. As empresas que participaram do encontro tiveram a oportunidade de fortalecer a imagem de produtos brasileiros no mercado chinês, por meio de degustações de produtos nacionais, a exemplo da caipirinha, churrasco, pão de queijo, cafés, vinhos e espumantes.
A participação brasileira na FHC 2011, uma das principais feiras do setor alimentício da China, foi organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O estande de 144 m², montado e organizado pelos órgãos do governo brasileiro, recebeu a visita de representantes dos setores de alimentos e bebidas de mais de trinta países. Com o aumento do interesse pelos produtos nacionais, a expectativa dos organizadores é ampliar a participação brasileira no ano que vem.
Comércio
A China é hoje o principal importador de produtos agropecuários do Brasil. Nos últimos três anos, houve crescimento de 214% nas exportações brasileiras de produtos agropecuários para aquele país, que passaram de US$ 3,5 bilhões em 2007 para US$ 11 bilhões em 2010. O complexo soja (óleo, grão e farelo), o couro wet blue (processado), e as carnes bovina, suína e de aves são os produtos mais importantes da pauta de exportação brasileira para o país asiático.
Oportunidade
Além da FHC, a China também realiza o SIAL (Salon International del Agroalimentaire), um dos maiores eventos de alimentos e bebidas no país. O sucesso brasileiro na edição 2011 resultou em um convite para o Brasil ser o país tema do SIAL 2012. Dessa maneira, a FHC 2011 foi uma grande preparação para a SIAL do próximo ano, além de ser uma oportunidade para reforçar o trabalho feito no mercado daquele país. O mercado brasileiro de carne suína foi aberto para a China em abril deste ano, durante uma visita da presidenta Dilma Rousseff a Pequim.