Da Redação 07/07/2005 – A divisão de Saúde Animal da multinacional americana Pfizer fechou o segundo trimestre com crescimento mundial de 17%, e aposta, para os próximos anos, em um grande aumento da participação do Brasil em suas vendas globais de produtos veterinários. Segundo a empresa, o avanço observado manteve o ritmo do primeiro trimestre (16%) e ficou acima do crescimento do mercado, de 10% no mesmo período. No Brasil, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o crescimento da empresa em 2004 foi de 10,6%, enquanto o mercado cresceu 10,2%.
Pedro Lichtinger, presidente mundial da Pfizer Saúde Animal, atribui o desempenho aos investimentos em pesquisa de novos produtos e ao incremento do mercado de pequenos animais (pets), que hoje representa 9% do faturamento da empresa no Brasil e 40% no mundo. A Pfizer planeja investir US$ 280 milhões em pesquisa de produtos veterinários em 2005, US$ 54 milhões a mais do que no ano passado.
Jorge Espanha, que está à frente da divisão brasileira de Saúde Animal da Pfizer, cita o aumento do número das cabeças de gado no país como um dos fatores que elevam o potencial do Brasil como consumidor de produtos veterinários. “O Brasil terá que usar tecnologias mais intensamente para criar mais gado em espaços cada vez menores”. Hoje, o país é o quinto mercado da empresa no mundo, mas a previsão é de que, em até quinze anos, o Brasil seja um dos primeiros, ao lado de EUA e China.
A Pfizer planeja tornar a fábrica de Guarulhos (SP) plataforma mundial de antibióticos injetáveis. Segundo Espanha, a fábrica elevou em 60% a produção após reformas e já exporta para a Europa. Espanha disse que há planos para exportar aos EUA, mas que ainda é preciso aval da Food and Drug Administration (FDA). Segundo dados da empresa, suas exportações a partir do Brasil atingiram US$ 25 milhões em 2004.