A importância da biomassa florestal plantada na economia e desenvolvimento do Estado e o que deve ser melhorado para a consolidação de sua produção são temas técnicos do segundo painel do Florestar 2015, evento que vai reunir produtores de floresta plantada de todo o Estado, nos dias 23 e 24 de setembro, no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Glauber Silveira, que falará sobre a importância da biomassa florestal na economia e desenvolvimento do Estado, é uma das participações em destaque. Presidente da Câmara Setorial da Soja, integrante da Aliança Internacional dos Produtores de Soja e apresentador do programa Direto ao Ponto do Canal Rural, ele aponta Mato Grosso como um estado importante no mercado internacional do agronegócio e fala sobre como a produção de biomassa de floresta plantada participa deste desenvolvimento.
“Nossa expectativa é que este painel compartilhe informações e discussões que retratarão o panorama geral do mercado. São números que, se houver o fomento adequado para o agronegócio, mesmo a floresta plantada para biomassa, tem muito potencial econômico”, reflete Fausto Takizawa, presidente da Associação de Reflorestadores do Estado de Mato Grosso (AREFLORESTA), promotora do evento.
As melhorias necessárias para o desenvolvimento da produção de biomassa no Estado será tema apresentado por Vital Silva Nogueira, especialista em Gestão Ambiental, que atua há 35 anos na indústria de fabricação de açúcar e álcool, como gerente de processos e gerente industrial. “É necessário manter a constância em aprendizados e investimentos em novas tecnologias de produção. Este é um dos objetivos principais deste evento”, frisa Fausto Takizawa.
Biomassa é a matéria orgânica, que pode ser utilizada na produção de energia. Parte da produção primária dessa energia é consumida pelo ecossistema para a sua própria manutenção. O excedente compõe a biomassa vegetal. O baixo custo, o fato de ser renovável, permitir o reaproveitamento de resíduos e ser bem menos poluente que outras fontes de energia, como o petróleo ou o carvão, são vantagens do uso da biomassa na produção de energia.
Os tipos de biomassa mais utilizados são: a lenha (já representou 40% da produção energética primária no Brasil), o bagaço da cana-de-açúcar, galhos e folhas de árvores, papéis, papelão, etc. A biomassa também é o elemento principal de diversos novos tipos de combustíveis e fontes de energia como o bio-óleo, o biogás, o BTL e o biodiesel.
Outro foco do Florestar 2015 é a análise de mercado. Atualmente a silvicultura no Brasil contribui com 76,9% (R$ 14,2 bilhões) e a extração vegetal, com 23,1% (R$ 4,2 bilhões). A produção nacional de madeira em tora foi de 146.804.476 m³, dos quais 89,8 % vieram de florestas plantadas. No ano de 2012 houve uma crescente oferta e procura por carvão e lenha provenientes de florestas plantadas (IBGE, 2013).
Estes dados apontam o crescimento e a importância da indústria de base florestal para economia brasileira. “A AREFLORESTA atua em sintonia com as necessidades do produtor, seja nas áreas técnica ou política, para proporcionar as melhorares condições para um bom posicionamento no mercado. O encontro ‘Florestar’ é um momento especial neste processo”, pondera Takizawa.