Impulsionada pelas perspectivas econômicas favoráveis às cadeias de aves e suínos, a AveSui América Latina 2010 gerou mais de R$ 380 milhões em negócios, segundo levantamento realizado juntos aos expositores da feira, além de viabilizar contatos que resultarão em novas parcerias no decorrer do ano. O número de visitantes também correspondeu às projeções dos organizadores: cerca de 20 mil pessoas passaram pelo Centro de Convenções CentroSul, entre os dias 11 e 13 de maio, em Florianópolis (SC).
Além das oportunidades de negócios sinalizarem um bom momento para estas cadeias produtivas, os debates do IX Seminário de Aves e Suínos também apontaram para um cenário otimista. Na palestra conjuntural de abertura, especialistas como Luiz Fernando Furlan, copresidente da BR Foods, Ricardo Amorim, economista e apresentador do programa Manhattan Connection (transmitido pela GNT), e Jim Long, presidente da Genesus, empresa de genética suína do Canadá, avaliaram que os dois próximos anos serão de perspectivas positivas para a avicultura e de recuperação de lucros para a suinocultura.
Os palestrantes traçaram um detalhado perfil das atividades, apontaram adversidades, mas concordam que a produção animal no Brasil tem horizonte favorável à frente especialmente por conta do esperado aumento da demanda mundial de proteínas animais e pela clara vocação brasileira para o agronegócio.
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Entre alguns desafios para a avicultura, Luiz Fernando Furlan cita os preços dos grãos. “A média do bushel da soja na Bolsa de Chicago foi de US$ 6 nas últimas três décadas. No momento, oscila acima dos US$ 8/bushel e acredito que deva se manter nesse patamar. Os olhos do mercado devem se voltar para China e Índia. Se houver explosão de demanda, os custos da avicultura podem subir”, assinalou o copresidente da BR Foods.
Apesar disso, Furlan mostrou-se otimista em relação ao futuro da atividade, especialmente por conta da importância do frango brasileiro no comércio internacional e da competência do Brasil na produção avícola. Já Jim Long, da Genesus, é igualmente otimista com a suinocultura. Para ele, o crescimento das exportações brasileiras de carne suína depende primordialmente do País, que deve focar o seu trabalho na abertura de novos mercados. “A Rússia absorve cerca de 50% das vendas externas brasileiras. É preciso diversificar os compradores”, sugere.
A programação do Seminário teve também um viés técnico por meio do Painel de Aves e Suínos. Entre os temas debatidos, destaque para a importância de incluir nas granjas comerciais programas de sanidade e nutrição animal, reforçando ainda práticas de manejo para aumentar a produtividade dos plantéis.
Outra discussão que permeou os debates durante o evento relacionavam-se à produção de alimentos sustentável, por meio do I Fórum EcoAgri. Entre os assuntos em pauta, os especialistas comentaram os impactos que as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na produção de aves e suínos causam ao meio ambiente, a necessidade de implantação de programas de sustentabilidade em granjas – através de sistemas de manejo de dejetos dos animais, adoção de produção livre de gaiolas e importância da rastreabilidade na produção animal.
Para Andrea Gessulli o balanço final da feira pode ser considerado bastante positivo. “O objetivo da feira foi cumprido à risca. Todos os participantes saíram de Florianópolis com uma bagagem maior, haja vista que as informações passadas ao público são dos maiores especialistas em produção de aves e suínos. Outro grande alicerce do evento foi propiciar a troca de informações entre produtores e expositores”, conclui a diretora da AveSui América Latina 2010.
Próxima edição- A AveSui América Latina 2011 já estpa marcada. O evento será realizado nos dias 17,18 e 19 de Maio, no Centro-Sul em Florianópolis.
• Mais informações sobre a AveSui pelo telefone (11) 2118-3133, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.avesui.com.
