Nos últimos paineis da AveSui 2013, o destaque foi a experiência norte-americana na evolução da produção e no desenvolvimento genético e os cuidados necessários para produzir uma ração de qualidade. No painel de avicultura, o gerente técnico da Agroceres Leandro Hackenhaar abordou a importância de estabelecer controles de qualidade na produção. “Se receber uma soja ou um milho de má qualidade tem que devolver. Não adianta compensar com aditivos depois. Ele enfoca a necessidade e a importância da prevenção: “aplicar protocolos de biossegurança é sempre mais barato”, define.
No início do painel de suinocultura, a Birchwood Genetics, dos EUA, apresentou as tendências para o desenvolvimento genético, como a inseminção pós-cervical, a utilização cada vez menor de células e doses para cada aplicação e a preservação criogênica do sêmen. O diretor técnico da Agroceres PIC, José Henrique Piva, aproveitou as novidades apresentadas pela empresa americana para comparar o mercado brasileiro ao dos EUA e como a importância do bem-estar animal e os avanços genéticos mudaram o perfil de produção naquele país. “Produzir suínos é uma ciência mas também é uma arte. Bem tratado, o animal melhora seu potencial produtivo e para isso é fundamental dar treinamentos para os funcionários. Nos EUA, a rotatividade caiu bastante, para 30% ao ano na linha de produção e a atividade está um pouco menos nas mãos de famílias e mais nas de grandes empresas”, explica. Nas últimas décadas, os Estados Unidos reduziram o número de matrizes (hoje em 45 milhões) mas ampliaram o volume de abates (60 milhões/ano), fruto das melhorias genéticas e da otimização da produção. “O mercado americano deixou de ser importador para ser exportador, atendendo hoje países como Japão, China e Coreia do Sul”, disse Piva.