Da Redação (11/04/07) – Em reunião ordinária realizada na tarde de ontem, na AveSui Regiões, o suinocultor Rubens Valentini assumiu a presidência da Câmara Setorial de Aves e Suínos. Valentini, que também é presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), substitui Dilvo Grolli, diretor-presidente da Coopavel que ocupou o cargo nos últimos dois anos. Gustavo Lima, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, assume a secretaria executiva do órgão.
Valentini tem agora a missão de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos pela gestão anterior. Desde que foi criada, em 2002, a Câmara Setorial tem se mostrado um importante instrumento de aproximação dos dois setores junto ao governo federal.
O novo presidente assume o cargo num momento interessante. Reinhold Stephanes acaba de ser nomeado Ministro da Agricultura, o que torna o trabalho da Câmara Setorial ainda mais importante para o atendimento das necessidades dos setores avícola e suinícola.
Durante a transmissão do cargo, Grolli fez um balanço de sua participação no órgão. "Minha experiência na Câmara Setorial foi muito boa. Tivemos frutos positivos e sentimos que o governo tem usado a Câmara Setorial com muita inteligência. A Câmara Setorial de Aves e Suínos tem desempenhado papel fundamental junto ao governo na elaboração de políticas para ambos os setores", afirmou.
Responsável pela indicação de Valentini, Grolli acredita que o novo presidente tem todas as condições para tornar o órgão ainda mais representativo. "O Rubens Valentini é hoje a pessoa indicada para dar andamento aos projetos da Câmara Setorial", argumenta. "Trata-se de um dos principais líderes do agronegócio nacional, uma pessoa extremamente qualificada, com experiência no associativismo e com uma visão global do setor agropecuário", completa.
Novo presidente da Câmara Setorial de Aves e Suínos, Rubens Valentini |
Primeiro encontro – Vários assuntos foram discutidos na reunião de ontem. Por ser o primeiro encontro de uma nova gestão, entretanto, o espaço foi usado, sobretudo, para identificar e alinhar as demandas de cada setor. "Foi uma reunião interessante", avalia Valentini. "Primeiro porque precisamos recolher as opiniões e as intenções dos dois setores. Em cada um deles, e mais flagrantemente no caso da suinocultura, se tem duas entidades com posições semelhantes, mas com muitas especificidades em cada uma delas. Então para que o trabalho possa ser positivo é importante que busquemos harmonia. E para harmonizar é preciso levantar quais são as intenções e as necessidades de cada um para construir uma pauta que possa atender aos dois setores".
Apesar das discussões serem iniciais, duas demandas foram tratados de maneira mais enfática durante a reunião. O primeiro deles é a necessidade de trabalhar para o aperfeiçoamento dos procedimentos brasileiros de defesa sanitária.
Já o segundo, é necessidade de elaboração de um mecanismo de acompanhamento conjuntural da suinocultura brasileira a partir da organização das informações compiladas pelo Ministério da Agricultura. "Precisamos construir um sistema de informação que permita, sobretudo ao setor suinícola, fazer análises de conjuntura. Isso nos ajudará a antever cenários, oscilações de mercado, enfim balizar nossas ações baseados em informações objetivas", comenta Valentini.