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AveSui 2014

Debatedores da AveSui 2014 apresentam panorama sobre o agronegócio brasileiro

Custo Brasil e infraestrutura são apontados como o principais entraves para o crescimento do setor.

O Painel Conjuntural, que abriu oficialmente a Feira Latino Americana da Indústria de Aves e Suínos (AveSui) nesta terça-feira (13), acirrou o debate sobre o mercado e apresentou as perspectivas econômicas para 2014. Comandado por João Batisti Olivi, apresentador do Canal Rural, o Painel reuniu o chefe geral da Embrapa Aves e Suínos, Dirceu Talamini; o presidente executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani; o analista sênior do banco Rabobank Brasil, Adolfo Fontes e o diretor de Agropecuária da BRF, Luiz Adalberto Stabile Benício. Os convidados vislumbraram um futuro promissor para o setor, principalmente no que diz respeito às exportações para a China e as tecnologias desenvolvidas. Porém, foram unânimes ao citar que o custo Brasil, a infraestrutura deficiente, a burocracia excessiva e a falta das reformas necessárias dificultam um crescimento maior do país.

Para o presidente do Sindirações, Ariovaldo Zani, o panorama é bastante positivo. “Com o aumento da população mundial, principalmente na Ásia, África e Índia, a demanda por proteína animal crescerá e, por consequência, a procura por proteína vegetal também evoluirá”. Só que para aumentarmos a participação do Brasil, nesses e em outros mercados, Zani lembrou que há necessidade de investir maciçamente em educação – relacionada diretamente ao índice de produtividade – e  dobrar a renda per capita. “Temos de nos apresentar como um país de primeiro mundo”, definiu.

A diarreia suína, que atingiu os Estados Unidos, foi apontada pelo analista sênior do Rabobank, Adolfo Fontes, como uma oportunidade para o Brasil exportar para aquele mercado e também para atingir outras praças que importavam carne suína do país norte americano, como o México e a Colômbia. “É necessário prestar bastante atenção nesses mercados nos próximos anos. No  mês passado o México fez sua primeira importação de frangos do Brasil e temos condições de crescer muito mais se começarmos a mirar nestes países que os Estados Unidos vai deixar de atender. Focar na Colômbia também, que passou a importar carne dos EUA, e pode abrir uma janela para nós também”, alertou Fontes.

Dirceu Talamini, chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, destacou as ações que a entidade tem feito nos últimos anos para se manter na vanguarda da pesquisa agropecuária. “Nossa preocupação foi cuidar para ter uma estrutura laboratorial muito bem cuidada, para ser competetitivo enquanto chineses, americanos e europeus trazem informação e tecnologia. A maioria dos nossos empregados tem doutorado e pós-doutorado e com isso nos posicionamos bem neste mercado”, ressaltou. Segundo ele, a saída é produzir pensando na sustentabilidade social, econômica e cultural, pois isso gera produtividade, reduz custo e melhora competitividade.

A AveSui 2014 segue até o dia 15 de maio, quinta-feira, com importantes debates para o setor de aves e suínos. Nesta quarta, acontecem os paineis de Avicultura e Nutrição, o III Seminário de Reciclagem Animal, uma reunião do comitê envolvendo Ministério da Agricultura e Embrapa para debater o vírus que causa diarreia suína, além de encontro do Sindirações e palestra do BNDES sobre linhas de crédito.

Mais informações: www.avesui.com