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Panorama da Influenza

<p>UBA promoveu palestra e coletiva sobre Influenza Aviária para a imprensa catarinense. Evento ocorreu nesta manhã (24/04) dentro da AveSui 2006.</p>

Redação AI (24/04/2006) Os principais meios de comunicação de Santa Catarina estiveram presentes na manhã de hoje (24/04) no CentroSul, em Florianópolis (SC), local de realização da AveSui Feira da Indústria Latino-americana de Aves e Suínos, para participarem de uma palestra voltada à imprensa, seguida de coletiva, sobre a Influenza Aviária. O encontro foi promovido pela União Brasileira de Avicultura (UBA).

O vice-presidente Técnico-científico da UBA, Ariel Antonio Mendes, apresentou uma panorâmica sobre a difusão do vírus da Influenza Aviária pelo mundo. Ele lembrou que até 1997, antes de afetar seres humanos, o vírus tinha que primeiro passar pelo suíno, sofrer uma nova mutação e aí ter capacidade de infectar o homem. Naquele ano foram registrados os primeiros casos de transmissão direta das aves para seres humanos, que ocasionou 18 casos e seis mortes em Hong Kong. Mas podemos dizer que ele não afeta os humanos a não ser em casos de intenso contato com as aves, como ocorre geralmente na Ásia, afirma Ariel Mendes.

Diferentemente do Brasil, onde as aves de produção estão confinadas e as granjas possuem sistemas de biosseguridade; na Ásia elas são – em muitos casos – até consideradas animais de estimação, permanecendo nos locais de moradia dos próprios criadores. Estas criações de frango na maioria dos casos também estão próximas ou até juntas a outros tipos de aves e animais.

Medidas – Ariel procurou ressaltar as medidas de prevenção que o País vem tomando para evitar a entrada do vírus. Todos os pontos de risco estão cadastrados e avaliados, mesmo assim o objetivo é minimizá-los. Uma das iniciativas adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem sido uma exigência do setor avícola, é o de desinfectar os containers que chegam do exterior no próprio porto. Antes, eles eram desinfectados apenas na chegada à indústria. Também há uma intensificação no trabalho de monitoria sorológica em plantéis comerciais. A medida é importante, conforme explica o Ariel, devido ao risco da entrada no Brasil do vírus da Influenza de baixa patogenicidade. Nesta hipótese, os sintomas poderiam ser confundidos com o de outras doenças respiratórias, o poderia levar a uma demora no diagnóstico. Diferentemente dos tipos de alta patogenicidade (como os H5 e H7), que causam intensa mortalidade, os de baixa patogenicidade (H4, H6 e H9) não chegam a dizimar os plantéis, podendo levar o produtor a também demorar em identificar e alertar sobre o problema.