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Pequenas distâncias viabilizam a produção avícola mineira

<p>A atividade avícola rentável depende diretamente de alguns fatores como controle sanitário, boas instalações, boa alimentação, entre outros. No que se refere à alimentação animal, Minas Gerais tem a logística perfeita.</p>

Redação (23/02/07) – O Estado se beneficia das pequenas distâncias para o transporte de grãos e ainda conta com os estudos regionais da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagos, MG), que desenvolve programas específicos para o bom andamento da safra e safrinha mineiras. 

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que 2007 terá uma redução da área plantada em um percentual de 1,5% na safra de verão; no entanto, o Centro-Oeste (Goiás) e Minas Gerais terão a área de plantio aumentadas em 18% e 3%, respectivamente. Segundo João Carlos Garcia, pesquisador da área sócio-econômica da Embrapa Milho e Sorgo, a redução da área plantada no Sul do Brasil levanta algumas preocupações, caso ocorram problemas climáticos: O deslocamento de produtos do Centro do País para o Sul normalmente induz a desequilíbrios e problemas no abastecimento interno. Prova disso foram as últimas crises de abastecimento de milho naquela região, que se desencadeou justamente com as quebras na produção, explica. 

Quanto às empresas de sementes, há uma previsão de acréscimo da área plantada com milho na safrinha, o que poderá contribuir para o abastecimento interno e equilibrar o mercado com o crescimento das exportações, em decorrência do incremento nos preços externos.

Outra tendência para o setor em 2007 é o grande interesse dos Estados Unidos nas safras de milho para a produção de etanol. A demanda de milho nos Estados Unidos para produção de etanol encontra-se aquecida e irá permanecer assim durante os próximos anos. Entretanto, isso ainda não afetou as atividades de exportação de milho por este país, revela João. Para o pesquisador, existe a possibilidade do aumento da área plantada com milho para atender a esta demanda. Certamente alguma redução nas exportações de milho pelos Estados Unidos deverá ocorrer nos próximos anos. A Argentina também iniciou um programa de produção de etanol a partir de milho. Para garantir este programa, e evitar especulações, suspendeu os registros de exportação para a próxima safra, informa.

Como os Estados Unidos e a Argentina são os grandes exportadores mundiais, os países importadores serão atingidos por estas modificações no mercado do milho. O pesquisador da Embrapa acredita que este cenário fatalmente conduzirá a patamares mais elevados os preços do grão no mercado internacional, o que poderá se transformar em uma oportunidade para os produtores de milho no Brasil. Deve-se lembrar que o milho não é um produto que, dados os custos de transporte em relação ao preço do produto, não apresenta vantagens econômicas para movimentações a grandes distâncias, a não ser em regiões com excelente logística de transporte. É por este motivo que a produção no Sul do País passa a ser importante para o atendimento local, pois a exportação de milho será efetuada com a produção desta região que, por sua vez, será necessária para atender ao grande consumo regional, argumenta.

Na opinião de Garcia todos estes ajustes serão gradativos e, na ausência de problemas climáticos, o mercado de milho conseguirá promover os arranjos necessários para atender aos consumidores brasileiros – avicultura, especialmente – e às possibilidades de exportação. Algum acréscimo de área plantada é possível no Centro Sul do Brasil, mas a grande opção é o esforço no aumento da produtividade das lavouras de milho para os próximos anos.

 
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