A presença de agentes patogênicos nos alimentos gera grandes desafios à saúde pública e o risco é crescente. Atualmente, a Salmonella spp. lidera a lista de agentes de origem alimentar relacionados a produtos avícolas. Essa bactéria pode apresentar alta resistência a antibióticos, sendo atualmente uma ameaça global. O assunto foi abordado pela médica-veterinária Eva Hunka, gerente de produtos e serviços técnicos para biológicos da Phibro Saúde Animal, em palestra na AveSui América Latina, em Medianeira (PR).
“A prevenção das salmoneloses na indústria avícola exige a implementação de programas abrangentes de prevenção e controle. Entretanto, por ser uma doença tão complexa, não existe uma única medida de controle. Assim, é preciso realizar um trabalho intensivo para mitigar, conter e, principalmente, prevenir a persistência e a disseminação da bactéria nas aves e no ambiente”, explica Eva, que é mestre em medicina veterinária preventiva pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A especialista da Phibro alerta que, mudialmente, as S. Enteritidis e S. Typhimurium são os sorotipos mais importantes da bactéria em termos de riscos para a saúde pública. “No Brasil, a S. Heidelberg e a S. Minnesota também são consideradas ameaças e, nos últimos anos, a S. Infantis – cepa emergente de Salmonella – tornou-se muito relevante, causando surtos de enfermidades transmitidas por alimentos em diferentes países. Apesar dos esforços para controlar esta variante, sua prevalência em ambientes avícolas está em crescimento.”
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Alguns tipos de Salmonella podem ser considerados organismos transitórios que, ocasionalmente, são isolados e identificados. A maioria deles não costuma ser patogênica – ou seja, não causa enfermidade – e é possível eliminar com processos de limpeza e desinfecção de rotina. No entanto, há cepas que podem ser completamente estáveis em instalações avícolas, crescendo e formando populações residentes nas aves e no ambiente. Esses “sorotipos residentes” persistem por muito tempo, mesmo após limpeza e desinfecção rigorosas.
‘4Ps’ do controle da Salmonella
“A prevenção deve estar sempre no radar do avicultor. A recomendação é se concentrar em quatro pilares, os ‘4Ps’ do controle da Salmonella: Produtos, Processos, Pessoas e Proteção. As vacinas são, sem dúvida, a melhor ferramenta para o controle e a erradicação. Além de eficientes como imunizantes, têm excelente custo-benefício. Dentro de um frasco de vacina há muita tecnologia e diversos componentes que contribuem para o melhor resultado. Um destes componentes é o adjuvante, que, embora pouco discutido, é essencial para a promoção da proteção e inocuidade do produto”, destaca Eva Hunka.
A Phibro Saúde Animal também conta com a mais alta tecnologia de gerenciamento do processo vacinal, o dispositivo pHi-Tech, que traz o processo de vacinação para a era 4.0. Totalmente alinhado ao objetivo da chamada “avicultura de precisão”, o sistema permite que os trabalhadores da granja tenham uma visão ampla de todo o processo de vacinação, além da aplicação precisa, promovendo correções em tempo real e gerenciando os dados de todo o processo, com visibilidade de todas as informações da propriedade. “Como consequência, o sistema oferece eficácia à prevenção de doenças com alto potencial para impactar a produção de ovos – e também de carne”, finaliza médica-veterinária Eva Hunka.
