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AveSui Regiões 2009

Primeiro dia de AveSui Regiões

Potencial brasileiro no mercado de aves e suínos não deve ser influenciado pelos episódios negativos econômicos e sanitários no mercado mundial.

As vítimas da gripe que acometeu o Mexico não foram o foco das discussões de especialistas das cadeias produtivas de aves e suínos reunidos hoje (27) em São Paulo, durante a Avesui Regiões 2009, que acontece até o dia 29, na Expo Center Norte.

Na ocasião, em sua apresentação, Dr. Pedro de Camargo Neto, Presidente Executivo da Abipecs, (Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína), afirmou que esta não deve ser uma preocupação dos produtores do país. “Esta Gripe Mexicana é um caso de saúde pública, a OMS deve estar atenta. Já temos informações de que não há nenhum animal ou, plantel infectado no Brasil. A atenção que a Organização Mundial da Saúde deve ter é com a divulgação de informações sobre a doença esclarecendo dúvidas da população“, declarou Camargo Neto que acaba de voltar da missão brasileira à China para negociar a abertura a esse importante mercado.

A atual conjuntura econômica, os desafios e o potencial brasileiro em relação aos mercados nacionais e internacionais foram amplamente abordados pelos especialistas que não demonstraram preocupação com os rumores negativos do episódio mexicano. O otimismo com o agronegócio brasileiro foi fomentado por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atual presidente da GV Agro, que enfatizou o potencial agrícola e energético além, de comentar sobre a importância das entidades de pesquisas brasileiras. “O Brasil tem condições de atender o crescimento da demanda de alimentos e de energia mundial. Temos terra, tecnologia e recursos humanos. O que tem prejudicado este avanço é o entrave na burocracia, a falta de entrosamento dos Ministérios. Falta uma política de Estado”, observa Rodrigues.

A burocracia foi citada também como obstáculo nas exportações das carnes brasileiras. Para Valdomiro Ferreira Júnior, Presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), o Ministério da Agricultura deve estar atento às exigências feitas pelos mercados internacionais. “São positivas do ponto de vista técnico, mas, a cada nova exigência é preciso fazer investimentos, não podemos atender a tudo”, alerta o especialista. Marcelo Mota, Coordenador de Assuntos Sanitários Internacionais do Mapa, defende a posição dos produtores, mas, afirma que nem sempre uma postura rigída é viável. “Temos equipes  que cuidam de cada etapa das negociações, estamos atentos mas, não é possível evitar o protecionismo dos países. O que podemos fazer é tentar acelerar o processo”, observa. Alguns países como a Rússia e o México têm apresentado dificuldades nas negociações. Pedro de Camargo conta que os Russos já estão cientes do excesso de exigências principalmente em relação ao fechamento do mercado no estado de Santa Catarina. “Eles já estão reavaliando a questão”, lembra.
 
Dilvo Groli, presidente da Coopavel (Cooperativa AgroIndustrial do Paraná), reforçou a importância do mercado não se deixar influenciar pelo negativismo ocasionado pela crise internacional. “No setor de grãos, por exemplo, crescemos  138% ao longo de 18 anos, em média 5% ao ano. Em 2009, registramos queda de somente 4% então, não podemos falar que estamos caindo, é preciso olhar para frente”, alerta o presidente.

O consumo  interno também foi discutido por Francisco Sérgio Turra, Presidente Executivo da Abef  (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango). “Precisamos  atender e conhecer o gosto do consumidor interno que representa 1/3 da produção avícola. Vamos investir nisto”, reforça Turra. A reunião fez parte da Programação do VIII Seminário de Aves e Suínos que vai até quarta-feira, 29/04, no Centro de Exposições Expocenter Norte, pavilhão amarelo, em São Paulo. 

Abaixo, a programação do segundo dia do Seminário : 

28 de abril de 2009 – Avicultura, manejo, sanidade e nutrição; 

08:30   Recomendações para melhor performance zootécnica – Dr. Gustavo Wassermann – Gerente de Assistência Técnica Cobb-Vantress

09:15   Problemas entéricos na produção de frangos de cort – Dra. Nair Katayama Ito – Médica Veterinária – Professora Doutora em Patologia Aviária na USP – São Paulo

10:00   Debate

10:15   Intervalo para Café

10:30   Aspectos regulatórios e uso prudente dos aditivos melhoradores de desempenho – Dra. Suzana Bresslau – Divisão de Fiscalização de Aditivos na Coordenação de Fiscalização de Produtos para Alimentação Animal do MAPA

11:15   Dificuldades de adaptação das fábricas de rações para implantação do BPF – Dra. Kathya Padovani – Consultora e Engenheira Zootecnista

12:00   Maior inclusão de fitase para otimizar o aproveitamento da ração – Dr. Juan Hilário de Araújo Ruiz – Médico Veterinário e Coordenador de Negócios da Basf

12:45   Debate

Coordenador: José Roberto Bottura / Diretor Técnico Científico da APA

-Mais informações sobre a AveSui pelo telefone (11) 2118-3133, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.avesui.com.