Redação AI 05/05/2004 19:30 – O grande destaque do primeiro dia da Conferência Apinco 2004 foi a mesa redonda que discutiu as doenças da lista A da Organização Internacional de Epizootias (OIE) e suas implicações no mercado internacional de produtos avícolas. O debate contou com participação de renomados especialistas nas doenças de NewCastle e Influenza Aviária. Participaram da mesa redonda, Egon Vieira da Silva, gerente do Plano Nacional de Sanidade Avícola, Héctor Hidalgo, docente da Universidade do Chile e os pesquisadores Juan Garcia Garcia, do México, Cora Espinosa, da Argentina e Thierry van den Berg, da Bélgica.
Em apresentações rápidas, os especialistas relataram a atual situação de seus países com relação às doenças de NewCastle e Influenza Aviária, e seus mecanismos e instrumentos de prevenção para cada uma delas (Planos de Sanidade Avícola). Os especialistas do México, Chile e Bélgica falaram ainda sobre a experiência de cada respectivo País no controle e na erradicação da Influenza Aviária e sobre os fatores que tornaram possível a incidência da doença em seus domínios.
A mesa redonda funcionou, sob o ponto de vista estratégico, como um importante espaço para se discutir a tão necessária integração sanitária (através do alinhamento de ações) entre os países latino-americanos, no intuito de dotar o continente de uma “blindagem” sólida contra a incidência das doenças da lista A da OIE. Espinosa, pesquisadora argentina, por exemplo, defendeu várias propostas para os países produtores de aves da América Latina (principalmente Argentina, Uruguai, Chile, Brasil, Paraguai, Bolívia e Peru). Entre elas, a instituição de uma Comissão Regional de Emergências para o monitoramento e controle de IA e NewCastle, o estabelecimento de medidas e mecanismos de apoio mútuo entre os países latino-americanos para o caso da ocorrência dessas doenças, a criação de laboratórios regionais de referência especializados em diagnóstico e formação de técnicos e a implementação de um sistema de comunicação de emergências entre os países da região rápido e transparente. “A mesa redonda gerou um bom debate. O pessoal do Ministério da Agricultura compareceu em massa, toda a área de Defesa Sanitária do Mapa esteve presente e isso foi importante para se amadurecer alguns conceitos e idéias que vêm sendo trabalhadas no sentido de dotar o País de uma estrutura de defesa sanitária mais eficiente”, avalia Ariel Antonio Mendes, presidente da Facta.