Redação SI 09/12/2002 – O mundo está de olho do potencial mato-grossense para a suinocultura. A vastidão territorial associada à possibilidade de se instalar granjas longe dos mananciais e dos centros urbanos abre um corredor imensurável para a produção da carne suína, que é a mais consumida no mundo, com 91,45 milhões de toneladas/ano, seguida pelo frango, com 70,30 milhões.
A Carroll já implantou uma unidade com 10.800 cabeças. Em março deverá entrar em operação a segunda das cinco unidades do programa. E o organograma da obra prevê sua conclusão em 2004. Cada unidade gera 250 empregos diretos.
A produção da Carroll é escoada em pé para Dourados (MS), onde é abatida. O transporte em longa distância come boa parte do lucro. Em média um animal perde 10% do peso bruto ao viajar mais de 1.200 km, o correspondente à distância da fonte produtora à plataforma do frigorífico.
Diamantino aposta todas as fichas na instalação do frigorífico em seu território. Mas, a concorrência mora ao lado. Nova Mutum, que faz limite com aquele município, briga para sediar a indústria, sob o argumento que duas grandes unidades de abates vizinhas melhoraria a competitividade, facilitaria transporte, reposição ou contratação de mão-de-obra, realização de cursos profissionalizantes, palestras técnicas e o marketing internacional que poderia transformar a cidade na meca da carne suína brasileira.