Redação AI (16/02/06) – O IV Congresso de Produção, Comercialização e Consumo de Ovos, da APA, apresentou entre seus convidados a nutricionista Maria Cecília Corsi, que montou sua palestra falando sobre o ovo como promotor de saúde.
O objetivo da nutriconista é trazer o ovo de volta para a realidade da alimentação brasileira. Maria Cecília destacou as propriedades nutritivas do ovo e disse que a fama do produto como grande fonte de colesterol deve ser abolida.
Embora o ovo contenha, sim, colesterol, não é esse componente que deve ser levado em consideração no alimento, mas sim as gorduras saturadas, segundo o livro Pontos de Colesterol, da Universidade de São Paulo (USP), disse. Além disso, o colesterol é uma substância necessária em algumas funcionalidades do organismo humano, por esta razão, para uma criança com alto índice de colesterol, não se cria uma dieta livre do mesmo, mas sim, uma com quantidade menor. Maria Cecília disse ainda que não se corta o ovo da dieta, por exemplo, mas sim oferece o produto em até três vezes por semana.
O ovo é um alimento rico em proteína, tem ótimo valor nutritivo e baixa quantidade de gorduras saturadas. Ele seria uma ótima opção na alimentação de idosos e crianças (merendas escolares), pelo seu baixo custo.
Uma dieta saudável, com a utilização do ovo, exige combinações simples, tais como ovo com legumes, verduras, fibras alimentares, feijão. Porém, ao combinar ovo com bacon creme de leite, por exemplo, cria-se uma bomba calórica, mas a culpa não é do ovo.
Segundo a pirâmide alimentar mostrada na palestra pela nutricionista, o ovo está no mesmo patamar das carnes brancas (peixe e frango), considerada mais saudável que a carne vermelha, que exige uso moderado.
Maria Cecília Corsi destacou ainda o programa viver saúde, da rede de restaurantes GR, que atende diversos refeitórios de grandes empresas, e entre as receitas servidas, ela criou o hambúrguer de ovo. A receita foi aprovada por diversos nutricionistas, segundo ela, por ser rica em proteínas, ter baixíssimo índice de gordura saturada e ter baixo custo.
O desafio de hoje, para Maria Cecília, é divulgar este trabalho sobre o ovo, pois ela acredita que a pior fase, que era convencer os médicos do valor nutritivo do produto, já passou.