Redação (16/08/06)- Desde 1967, sob a égide do saudoso presidente-fundador Aury Luiz Bodanese, a Cooperalfa participa ativamente do desenvolvimento de Chapecó. Todos os anos são quase R$ 10 milhões em tributos gerados somente no município sede, provenientes das operações industriais com soja e trigo, da comercialização de cereais, insumos agro-veterinários, linha de mercados e combustíveis. Em 2005, foram R$ 41 milhões de tributos gerados no total. Indiretamente a Alfa aquece o setor de transportes de cargas, tido como verdadeiro “motor” de inúmeras outras atividades econômicas.
Ao integrar a Coopercentral Aurora com aproximadamente 32% do respectivo Capital Social, a Alfa contribuiu na materialização de quase 600 mil cabeças de suínos/ano, 36 milhões de cabeças de aves/ano e 50 milhões de litros de leite a cada 12 meses. A Alfa ainda compõe a Fecoagro, o Consórcio Maué para produção de energia elétrica, a Coodetec de Cascavel – PR e a OCESC/OCB.
De acordo com o vice-presidente da Alfa, Romeo Bet, o faturamento de 2006 será em torno de R$ 600 milhões. São 112 CNPJs entre silos graneleiros, mercados e lojas agropecuárias, distribuídos em 80 municípios de SC e um no PR. Ao todo, atuam 1.400 funcionários, sendo 500 no município-mãe. Somente a equipe de assistência técnica da Alfa soma 122 profissionais entre técnicos agrícolas, agrônomos e veterinários. “Jamais deixaremos de fomentar novos padrões de produção agropecuária, pois as mudanças são muitas e rápidas. O associado conta com informações atualizadas, sejam técnicas ou administrativas, nas quais possa confiar”, afirma Bet.
As principais marcas da Cooperalfa são a Jubá, Delis, Alfa-Mix e Jubá Padaria na linha de farinhas de trigo, com destaques para clientes como a Bauduco e a Apti Alimentos, e centenas de padarias de renome; Semealfa na linha de sementes; Feijão Preto e Carioca Azulão; Alfa Café, e Nutrisoja Alfa, esta, matéria-prima capaz de aumentar em até 15% a produção de leite nos rebanhos bovinos de elevada performance, além das rações e sais minerais Nutrialfa. Menos de 15% das 15 mil famílias de associados possuem grandes propriedades rurais. Assim, a Cooperalfa se caracteriza como uma sociedade-empresa de médios e pequenos agricultores.
O segundo vice-presidente, Dilvo Casagranda, relata que os principais projetos sociais são a Cota-Capital aos sócios – programa que já distribuiu R$ 15 milhões, plantas medicinais, reflorestamento, plantio direto, recolhimento de embalagens, além dos trabalhos de nucleação de mulheres produtoras e o pró-jovem. “A responsabilidade social é parte da missão diária do verdadeiro cooperativismo”, defende Casagranda.
O presidente Mário Lanznaster resgata os primórdios do desenvolvimento econômico e escreve cenários: “Chapecó sempre sustentou sua economia no agronegócio. Depois dos ciclos da madeira e da erva-mate, vieram os grãos. Na carona, o avanço do setor cárneo. Com as agroindústrias, incluindo as cooperativadas, robusteceu o comércio e a área de serviços. O crescimento econômico permitiu que o setor público contabilizasse maior volume de tributos, que se reverteu em melhor padrão de vida das pessoas através dos investimentos em infra-estrutura, saúde, segurança, educação, etc”.
O líder cooperativo Lanznaster, que em 2006 recebeu a Medalha Mérito Industrial da FIESC e que também é vice-presidente da Aurora Alimentos, crê que Chapecó continuará sua expansão econômica através de ganhos em escala e produtividade nas várias atividades agropecuárias. “Mas também deveremos re-aprender formas de desenvolver a cultura, construindo e valaroziando nossa própria história, e buscando novos paramares nos índices de desenvolvimento humano. Quem apostar, verá”.