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Cooperativa investe na industrialização de frangos

A Cooperativa Agrícola Mista Rondon (Copagril) está ampliando sua atuação no ramo do agronegócio com a construção de um abatedouro de frangos que deverá estar concluído até dezembro deste ano.

Redação AI 23/01/2004 – 04h57 – A Cooperativa Agrícola Mista Rondon (Copagril), de Marechal Cândido Rondon (90 km a oeste de Cascavel), está ampliando sua atuação no ramo do agronegócio com a construção de um abatedouro de frangos que deverá estar concluído até dezembro deste ano.

“Este é o primeiro projeto de industrialização da cooperativa, o que representa agregação de valor ao patrimônio dos cooperados e melhor aproveitamento de seus produtos, já que parte do milho e da soja da cooperativa será utilizada como alimentação para os frangos,” avalia o supervisor do complexo agrícola da Copagril, Adolir Weber.

Numa primeira etapa o frigorífico terá capacidade de abater 80 mil frangos/dia ou 35 mil toneladas/ano, gerando 600 empregos diretos. A cooperativa pretende exportar 45% dessa produção. Segundo Adolir Weber, já existem contatos com a Alemanha e países dos Emirados Árabes. Dependendo da aceitação do produto no mercado o projeto prevê também a ampliação da capacidade de abate para 170 mil aves/dia e a geração de mil empregos.

O fornecimento das aves será feito inicialmente por 300 produtores em 200 aviários instalados que já começam a ser construídos em abril. Para a produção de frangos a cooperativa vai fornecer os pintainhos, ração e medicamentos e os produtores entram com a construção dos aviários e a mão-de-obra.

“Esses aviários, com capacidade para alojar até 20 mil pintainhos, trarão benefícios adicionais para os cooperados, com geração de renda extra para suas famílias e diversificação do uso das pequenas propriedades rurais,” garante Adolir Weber.

A estimativa de renda líquida, sem contar custos de mão-de-obra, segundo Weber, é de R$ 28 mil por ano, com a produção de sete lotes de frangos. O investimento estimado na construção de um aviário padrão deverá ficar em R$ 100 mil. “Isso representa o valor de três alqueires de terra plantados com soja. Já a receita poderá chegar ao mesmo rendimento de 11 alqueires de soja, uma comparação que tem atraído o interesse dos produtores em participar do projeto, já que a maioria deles está instalado em pequenas áreas onde o cultivo de soja não permite a mesma receita.”

Para a construção do abatedouro a cooperativa está utilizando recursos no valor de R$ 20 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), o que corresponde a 67% dos investimentos previstos. Do total financiado pelo BNDES, R$ 10 milhões serão repassados pelo BRDE.