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Eurotier

Desenvolvimento mais dinâmico da economia mundial impulsiona demanda por carnes, diz Grandke

A expectativa é que a demanda mundial por carnes cresça 1,5% em 2014.

O desenvolvimento mais dinâmico da economia global está impulsionando a demanda por carnes. A opinião é de Reinhard Grandke, diretor-executivo da Deutsche Landwirtschafts-Gesellschaft – Sociedade Alemã de Agricultura e foi exposta nesta manhã em coletiva de imprensa na Eurotier.

Segundo ele, a expectativa é que a demanda mundial por carnes cresça 1,5% em 2014. Com
isso, a demanda sobe 0,7 ponto percentual em relação a 2013.

De acordo com Grandke, além do aquecimento do consumo a redução dos preços das commodities agrícolas, especialmente milho e soja no mercado internacional vem favorecendo os produtores. “A colheita recorde de grãos e oleaginosas está reduzindo o preço da ração. Isso aumenta a rentabilidade dos produtores e eleva a oportunidade de investimentos nos diferentes setores de proteína animal, gerando aumento na produção de carne”, explica Grandke.

Carne suína
De acordo com Grandke, os drivers da produção de carne suína são a América do Sul, com uma taxa de crescimento de 2,1% na comparação com 2013; a África subsaariana 2,0% e a
Oceania (Austrália e Nova Zelândia), 2,9%.

Segundo o alemão, o Brasil está reforçando sua produção visando melhor competitividade nos mercados internacionais. Em decorrência do acesso mais fortalecido a alguns mercados internacionais – caso da Rússia- a expectativa é que a produção de carne continue a crescer no Brasil. “O aumento produtivo no Brasil, no entanto, é limitado por dificuldades persistentes na logística e pela crescente falta da mão-de-obra. O que reforça a demanda por tecnologias de mão-de-obra”, diz Grandke.

Conflito entre Rússia e Ucrânia
Grandke também falou sobre a crise geopolítica entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo ele, com a proibição de importações decretada aos países europeus pela Rússia, os produtores
da União Europeia, América do Norte e Austrália estão sendo obrigados a procurar outros mercados compradores. “Esse cenário pode aumentar a oferta e, como consequência, a pressão sobre os preços. Efeitos a longo prazo vão depender da duração da proibição de importações e das oportunidades de conquista de novos mercados compradores”, diz Grandke.