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Meio Ambiente

Encontro ambiental em SC

"Ordenamento ambiental do Alto Uruguai Catarinense: limites e oportunidades" é discutido na Embrapa Suínos e Aves.

Começou esta tarde (31/3) e vai até amanhã no auditório da Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia (SC), empresa de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o seminário “Ordenamento ambiental do Alto Uruguai Catarinense: limites e oportunidades”.

O objetivo do seminário promovido pelo Projeto Filó, da Embrapa Suínos e Aves, e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Concórdia e Região (Agrocon) é analisar os limites e oportunidades do uso desse instrumento de planejamento ambiental na região. Os organizadores também pretendem promover a articulação institucional e definir diretrizes para uma proposta de ordenamento ambiental do território.

Participaram da abertura do seminário o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini, o presidente da Agrocon, Valdir Ávila, além de profissionais da área de ciências agrárias e ambientais, lideranças regionais e estudantes.

“O ordenamento ambiental reúne regras para o uso sustentável do território, planeja o uso, a ocupação e também as áreas que não podem ser ocupadas”, resume o chefe geral da Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna (SP) Celso Manzatto, que fez a palestra de abertura do seminário. “Hoje não temos uma política de ordenamento no Brasil e acontecem casos como o do algodão, que teve a produção levada a vários estados, em terras até que não têm potencial para a produção”, comenta.

A região do Alto Uruguai Catarinense enfrenta sérios desafios ambientais decorrentes da poluição por dejetos animais. Embora tenha apenas 3,5% da área territorial de Santa Catarina, concentra cerca de 30% da produção estadual de suínos, 21% da produção de aves e 11% da produção de bovinos, o que traz problemas de poluição do solo, água e do ar.

Apesar dos importantes avanços que aconteceram nos últimos anos no manejo dos dejetos, através da adoção de práticas mais adequadas de armazenamento, tratamento e aplicação no solo, as respostas ainda são insuficientes para enfrentar o problema em suas causas mais estruturais devido à distribuição pouco criteriosa da área onde há atividade animal.

“É uma oportunidade para o território do Alto Uruguai Catarinense continuar as discussões sobre as melhorias ambientais dos últimos 15 anos feitas pela Embrapa, instituições parceiras e produtores rurais de compatibilizar a produção sem comprometer o meio ambiente”, diz um dos coordenadores do Projeto Filó da Embrapa Suínos e Aves, Cláudio Miranda.

O seminário tem a co-promoção da Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão de Santa Catarina (Epagri), da Equipe Co-Gestora do Parque Estadual Fritz Plaumann (Ecopef) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Concórdia, com o apoio do Crea/SC, da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea e do Ministério do Meio Ambiente.