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Frangos Pioneiro investe pesado de olho no mercado internacional

<p>Projeto prevê investimento de R$ 30 milhões e criação de 2,4 mil empregos.</p><p></p>

Redação (03/12/2007)- Desde o começo de novembro, guindastes erguem gigantescas peças de concreto de até 200 toneladas que a partir do primeiro semestre do ano que vem vão formar a maior empresa do município de Joaquim Távora, no Norte Pioneiro. A construção é parte do ambicioso plano de expansão do Abatedouro Frangos Pioneiro, que está investindo R$ 30 milhões e vai abrir 2,4 mil vagas de trabalho até o começo de 2009, além dos 700 empregados que a empresa já tem.

Os diretores do abatedouro contam que o projeto prevê a ampliação dos abates para até 10 mil frangos por hora, operando em dois turnos, durante o ano que vem. Assim a capacidade diária chegaria a 160 mil aves. Com a construção da nova unidade de abate e industrialização, a empresa também investiu na área ambiental, com a instalação de um novo sistema de tratamento de efluentes industriais com capacidade para atender à necessidade de uma fábrica que processa até 200 mil frangos por dia.

Segundo os diretores da empresa, Tarciso Messias dos Santos e Paulo Cesar Thibes Cordeiro, a ampliação da produção tem por objetivo atender à demanda cada vez maior do mercado, e também diversificar a linha de produtos, com maior valor agregado. Atualmente o Frangos Pioneiro detém 1,27% do mercado paranaense. Com a ampliação gradativa, a indústria prevê aumentar a sua participação e se tornar responsável por 5% da produção estadual.

O otimismo para um investimento significativo, explica Paulo Cordeiro, é o bom momento vivido pelo setor, principalmente para as empresas que exportam aves para a Ásia. Atualmente, a produção do abatedouro é restrita ao mercado interno. “Estamos de olho lá fora. Com a ampliação e o aumento da produção vamos exportar os nossos produtos”, revela o diretor. De acordo com ele, para poder ser competitivo no merco internacional, um abatedouro de aves não pode produzir menos que 150 mil aves diariamente. “Por isso resolvemos investir pesado para nos tornarmos grandes”, conta.

Para isso, a empresa foi buscar parte dos recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante é resultado da própria política de investimentos da empresa, que tem um fundo específico para ampliações.

Autonomia
Tanto Messias quanto Cordeiro acreditam que 2007 foi o ano dedicado a tornar a Frangos Pioneiro uma empresa que busca autonomia. Neste sentido, o grupo trabalha para incentivar a produção de milho, base da ração fornecida, e os investimentos na estrutura de armazenagem – com a instalação de uma nova unidade armazenadora em Ribeirão do Pinhal (também no Norte Pioneiro) –, na ampliação e modernização da fábrica de rações e na diversificação da produção, com a nova unidade de produção de frios e embutidos.

A Frangos Pioneiro participa ainda de uma empresa que reúne 19 abatedouros e produtores de pintainhos, cujo objetivo principal é o mercado internacional. Trata-se da Unifrango, com sede em Apucarana, no Norte do Paraná, com forte presença no mercado externo, fortalecendo as empresas num nicho de mercado onde estão gigantes do setor. A idéia é que empresas do porte da Frangos Pioneiro tenham condições de colocar seus produtos em evidência e brigar cada vez mais no concorrido mercado internacional.

Empresa procura mão-de-obra
Há pelos menos 10 anos, o Abatedouro Frangos Pioneiro é o responsável por movimentar a economia da pequena Joaquim Távora, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes. Hoje a fábrica emprega 700 trabalhadores, mas números da própria empresa mostram que, indiretamente, pelo menos 4 mil pessoas dependam de seus negócios, principalmente os criadores integrados.

Na condição de maior empresa do município, maior empregadora e principal contribuinte, a Frangos Pioneiro tem relação com tudo o que acontece em Joaquim Távora do ponto de vista econômico, desde a movimentação do comércio até a exploração do setor imobiliário – este último um mercado já bastante saturado, com poucos imóveis para locação atualmente.

O diretor Paulo Cordeiro explica que a empresa começa a encontrar dificuldades para contratar os 2,4 mil empregados de que necessita – mão-de-obra que nem precisa ser qualificada, pois a unidade de abate oferece treinamentos aos novatos. A seleção dos candidatos também é feita na própria empresa.

Com oferta em baixa no próprio município, o Abatedouro Frangos Pioneiro está contratando operários nas cidades vizinhas, como Guapirama e Santo Antônio da Platina, mas o diretor prevê que será necessário buscar trabalhadores ainda mais longe. “Nesse ritmo, seremos uma das maiores empresas do Norte Pioneiro”, garante.