A Topigs, uma das três maiores organizações internacionais de melhoramento genético para suinocultura, trouxe para o Brasil o geneticista e pesquisador do Institute for Pig Genetics, localizado na Holanda, Egbert Frank Knol, para discutir com suinocultores brasileiros o futuro da genética suína nos próximos dez anos. Depois de apresentar a palestra “Sobrevivência eficiente de leitões: combinando genética, manejo e alimentação para um baixo custo no início da terminação” em Uberlândia (MG), o Dr. Knol promoveu encontros exclusivos com clientes e parceiros da Topigs tendo como centro temático o “Futuro em Genética”. Nos encontros, profissionais renomados de grandes empresas brasileiras, puderam debater o papel da genética e das tendências do futuro e trocar informações técnicas.
Segundo Egbert, a suinocultura se depara com um desafio: ao mesmo tempo em que a seleção genética resulta em mais leitões por matriz, existe também um aumento na mortalidade em razão do baixo peso e esse cenário é uma tendência cada vez mais acentuada. Esse desafio motivou o desenvolvimento da seleção para vitalidade que tem por objetivo promover a sobrevivência de leitões. O pesquisador enfatiza também a importância do trabalho conjunto entre empresas de melhoramento genético e de nutrição animal para o sucesso da leitegada. Ele destaca outros pontos que contribuem: “As porcas devem ser atenciosas com os leitões para não esmagá-los, possuir um número de tetas funcionais suficientes, produção de leite adequada e ter tranquilidade para o leitão conseguir mamar”, afirma.
O gerente técnico de suínos da Tectron Nutrição e Saúde Animal, Juarez Ottonelli, diz que toda iniciativa para a redução de custo na produção de suínos é bem vinda: “Principalmente na conversão alimentar, já que a alimentação é o maior custo numa criação de suínos” E completa: “A palestra também foi muito esclarecedora em relação à reprodução, ao mostrar como a Topigs realiza a seleção genética para garantir um número maior de leitões saudáveis”, afirma
Já o Médico Veterinário e Sanitarista Corporativo de Suínos, Augusto Heck, que participou de um dos encontros “Futuro da Genética”, avalia que a apresentação deixou claro os prováveis rumos que a genética de suínos tomará em curto-médio prazo. “A abordagem científica deu segurança nas argumentações em relação aos diversos aspectos dos materiais distintos que a Topigs possui. Não existe um animal perfeito, existe um animal mais adaptado ao sistema de produção do que o outro, e isso, se avalia pela produtividade e custo expressos na reprodução, recria e terminação”, afirma Augusto.