Redação AI 12/11/2003 – 06h37 – O grupo Globoaves, que é destaque na America latina na produção de pintinhos e ovos, planeja construir um friogorífico de codornas. O projeto que estava previsto para ser desenvolvido em Santa Helena, na Costa Oeste do Paraná, pode ser transferido para Cascavel. A informação foi confirmada ontem pelo empresário Roberto Kaefer. A intenção, segundo ele, é investir R$ 5,9 milhões na construção de um abatedouro que, na primeira fase, vai gerar 100 empregos diretos além dos aviários que serão instalados no interior do município.
A direção da empresa diz ter sido procurada pelo prefeito, Edgar Bueno, e vem alinhavando contatos com a prefeitura no sentido de buscar supostos incentivos. O prefeito, Edgar Bueno (PDT), chegou a conversar pessoalmente com o empresário na última segunda-feira e disse ontem que o município está aberto à novas propostas, principalmente as que permitam a geração de empregos. Ele já se dispôs, inclusive, a repassar uma área de, aproximadamente, 15 alqueires, às margens da BR-277, na saída para Curitiba para a implantação do projeto.
“O imóvel pertence ao município e será repassado a preços simbólicos”, disse o prefeito. Além disso o empresário poderá receber alguns outros incentivos que são dados à empresas quando elas se instalam em Cascavel. Caso seja confirmada a iniciativa, esse será o primeiro abatedouro de codornas do Brasil. “É a possibilidade de criar um novo nicho de mercado em exportação e de gerar mais empregos”, comenta Edgar.
O prefeito diz que esse é apenas o início das negociações mas se mostrou otimista ao ser procurado pelo empresário Roberto Kaefer e disse está à disposição do grupo para levar a proposta adiante. Entretanto, o próximo encontro para tratar do assunto, ainda não foi acertado. O secretário municipal de Indústria Comércio e Turismo, Sérgio Terres, diz que o município vai aguardar um pronunciamento da empresa.
Roberto Kaefer, disse que já possui um projeto aprovado em Santa Helena onde a prefeitura se dispôs participar com o terreno e as instalações físicas enquanto que a empresa ficaria encarregada apenas de instalar os equipamentos e promover a contratação dos funcionários além de organizar o sistema de produção. “Agora com a proposta do prefeito de Cascavel a empresa está repensando o assunto mas ainda não há uma posição definida”, disse.