Secretário executiva do Mapa conversa com avicultores mineiros |
Redação AI 27/06/2003 – Os avicultores mineiros compareceram em grande número para assistir a apresentação de José Amauri Dimarzio, que falou sobre as ações do Governo Federal para o agronegócio brasileiro e para a avicultura em particular. Durante sua palestra, o secretário executivo do Mapa discorreu sobre o Programa de Monitoramento da Doença de Newcastle e Influenza Aviária, em todo território nacional, e sobre a intensificação da fiscalização da absorção de água no frango industrial brasileiro. “Todos os frangos que estiverem com uma porcentagem de água superior ao que determina a lei (6%) serão destinados ao Programa Fome Zero”, afirmou.
Dimarzio também falou sobre o abastecimento de grãos para o setor e da utilização da biotecnologia no Brasil. O secretário executivo discorreu sobre a criação da Linha de Especial de Crédito (LEC) para a comercialização de milho. “São financiamentos a preços superiores aos preços mínimos”, informou. Sobre a utilização de grãos transgênicos no País, Dimarzio afirmou que a tendência para os próximos anos é de diminuição da resistência ao consumo. “O Brasil não pode prescindir da oportunidade de aplicar a engenharia genética para resolver o problema da desnutrição protéico calórica”.
Dimarzio falou também dos principais desafios do agronegócio brasileiro nos próximos anos. Segundo ele, o País precisa trabalhar para transformar as vantagens comparativas do agronegócio nacional em vantagens competitivas. “Para isso é preciso coordenar ações estratégicas do governo e do setor privado para assegurar o crescimento da produção, do consumo e do comércio internacional das principais cadeias produtivas do agronegócio”. Segundo ele, é preciso ainda estimular a geração de empregos e renda, conservando a competitividade das cadeias produtivas, entre elas a avicultura.
Com relação ao comércio exterior, o grande desafio para os próximos anos, segundo ele, é vencer os subsídios dos países da Europa e dos EUA, aprimorando as negociações internacionais. Para isso o Brasil precisa, segundo Dimarzio, fazer a sua parte intensificando o trabalho de fiscalização e defesa sanitária vegetal e animal, além de garantir a segurança alimentar de seus produtos. “Segurança alimentar é palavra chave em qualquer negociação”, disse. Segundo o presidente da Avimig, Tarcísio Franco do Amaral, a participação de Dimarzio no evento foi uma boa oportunidade “para que o Governo Federal pudesse conhecer os anseios do setor e para o estabelecimento de ações conjuntas”.