Com sede jurídica em Rio Claro (SP), a Biomatrix terá sua base operacional na cidade mineira de Patos de Minas, onde está localizada sua Unidade de Produção e Beneficiamento de Sementes, com capacidade instalada para produzir e processar 600 mil sacos (20 kg) de sementes de milho e 100 mil sacos (20 kg) de sorgo por safra agrícola.
A nova companhia nasce com o suporte tecnológico da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com a qual celebrou no início do ano um contrato de licenciamento. Através deste contrato, a estatal liberou produtos da marca BRS, consagrados no mercado de sementes de milho e sorgo, para multiplicação e comercialização pela Biomatrix. Neste primeiro ano, serão comercializados 3 híbridos de milho e 2 híbridos de sorgo, com ampla adaptação às condições do Sul, Sudeste e Centro Oeste do País.
Hoje, a marca BRS da Embrapa detém, respectivamente, 15% e 40% dos mercados de sementes de milho e sorgo, oferecendo uma ampla linha de produtos para atender diferentes segmentos e nichos das duas culturas. Alguns desses produtos tornaram-se líderes de mercado em seus segmentos, como é o caso do híbrido de sorgo granífero BR 304, que também será produzido e comercializado pela Biomatrix.
À excelência da genética tropical da Embrapa, a Biomatrix somará a tradição e a experiência de meio século na atividade sementeira do Grupo Agroceres, buscando profissionais de renome no mercado, adotando as mais recentes tecnologias de produção, adaptando-se a modelos contemporâneos de gestão e agregando máximo valor aos produtos da marca BRS.
Em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a Biomatrix deverá estar preparada em breve para internalizar as tecnologias geradas pela sua parceira (Embrapa) e, desta forma, acelerar o lançamento de novos e melhores híbridos no mercado. Em Patos de Minas, a empresa contará com um Centro de Desenvolvimento de Produtos, interligado a pólos de experimentação no Sul, Sudeste e Centro Oeste do País.
Biomatrix e o Grupo Agroceres O negócio de sementes foi a atividade que deu origem ao Grupo Agroceres em 1945. Décadas depois, nos anos 80, tornou-se a maior empresa de sementes de milho híbrido da América Latina. Em 1997, a Agroceres vendeu o negócio de sementes para a multinacional Monsanto. Em janeiro de 2003, o Grupo Agroceres decide voltar ao mercado, criando uma nova empresa e uma nova marca, mas guardando os mesmos compromissos de inovar e prestar bom serviços a sociedade.
Diante deste histórico e da estreita relação entre semente de cereais e os atuais negócios do Grupo na área animal, foi o que levaram a Agroceres a retornar ao negócio de sementes de milho e sorgo não ignorando também o bom momento que o agronegócio brasileiro vive e o interesse que as culturas de milho e sorgo têm despertado entre os agropecuaristas, em função de sua importância para o negócio de carnes.
Hoje, o Grupo Agroceres atua na área de nutrição animal (Agroceres Nutrição Animal); melhoramento genético de suínos (Agroceres PIC); melhoramento genético de aves (Agroceres Ross), que é líder de mercado; isca formicida (Atta-Kill), também líder de mercado, com 40% de participação; produção e comercialização de palmito de pupunha (Inaceres) e, agora, na produção e comercialização de sementes, com a Biomatrix.
Mercado de Sementes – Segundo estimativas da Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas (APPS), na safra 2002/2003 foram comercializados 9,341 milhões de sacos de 20 kg de sementes de milho no Brasil. Com estes números, estima-se que este mercado movimente aproximadamente R$ 700 milhões por safra. Em semente de sorgo, dados da APPS/Grupo Pró-sorgo indicam que a safra 2002/2003 deve consumir cerca de 400 mil sacos de 20 kg de semente, com um valor de mercado de R$ 35 milhões.