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Evento

InterConf 2010

Painel Evolução do Mercado Brasileiro expõe tendência por praticidade no varejo na compra de carnes e derivados.

A carne ideal para atender de maneira satisfatória as necessidades do varejo ligado ao setor de restaurantes, redes de varejo, supermercados e empresas especializadas no abastecimento de cozinha industrial. O Painel Evolução do Mercado Brasileiro abordou o tema na tarde desta terça-feira (14) e fechou a programação do primeiro dia de debates da 3ª Conferência Internacional dos Confinadores InterConf, em Goiânia (GO).

O primeiro a subir ao palco para falar sobre a carne ideal na visão dos donos de restaurantes foi diretor presidente da rede de restaurantes ‘Outback Steakhouse’, Peter Ronderbeck que abriu o debate destacando a busca do comércio de restaurantes e redes de lanchonetes e empresas de ‘food service’ pela carne ideal.

Segundo Peter, o Brasil conta atualmente com mais de 50 redes de franquias de restaurantes nacionais e a exigência deste mercado com questões como simplificação de operações, produtos consistentes e produção fiscalizada é cada vez maior.

Em sua apresentação o empresário mostrou ainda alguns dados sobre o hábito de consumo de alimentos dentro da população norte-americana, país que lidera o consumo no mundo. Uma análise comparativa sobre o comportamento alimentar do povo americano nos últimos três anos mostra uma preferência pelas refeições feitas em casa em detrimento da alimentação fora. A causa apontada pelo especialista pode estar relacionada ao custo das refeições feitas fora de casa em contraste com a baixa do valor pago pelo consumidor por gêneros alimentícios no varejo.

Arnaldo Eijsink, presidente do Grupo JD, empresa que atua no ramo de alimentação, o controle de qualidade das grandes redes varejistas tem nos últimos anos começado ainda no campo. O corte de custos e a praticidade também são itens fundamentais nas relações entre produtor, frigorífico e varejo. Segundo o especialista, cada vez mais os açougues mantidos nos fundos de supermercados e que configuram o metro quadrado mais caro da loja devido ao maquinário, tendem a perder espaço. A tendência é que o varejo abra espaço para o comércio de carnes embaladas à vácuo e/ou em porções já pré-definidas de acordo com as necessidades da família brasileira.

Outro segmento atendido por frigoríficos é a cozinha industrial, tema da palestra proferida pelo engenheiro agrônomo e consultor em agronegócios Luiz Garcia Borges. No Brasil, os trabalhadores consomem cerca de 10 milhões de refeições dentro de suas empresas por dia, projetando um faturamento ao redor de R$ 10 bilhões para o setor em 2010. De acordo com Borges, carnes como o lagarto, o coxão duro, o coxão mole, o patinho e o acém são as mais usadas na alimentação empresarial. A exemplo do varejo, o modo como essas empresas recebem a carne, que é responsável por 48% do conteúdo dos pratos dos trabalhadores brasileiros, deve mudar. A entrega de peças inteiras deve ser substituída pelas porções individuais, tudo em nome da praticidade.

A InterConf segue até o dia 16, com mais palestras e discussões com temas de interesse do setor produtivo da carne, com principal foco no sistema de produção intensiva. Para neutralizar a taxa de carbono emitido durante sua realização, o evento plantará 108 árvores nativas do cerrado brasileiro.