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Kepler Weber se expande para o Centro-Oeste

De olho no mercado de grãos do Centro-Oeste, a Kepler Weber inicia em março a construção de sua segunda fábrica, na capital de MS.

Da Redação 10/01/2003 – De olho no mercado de grãos do Centro-Oeste, a Kepler Weber, de Panambi, inicia em março a construção de sua segunda fábrica, na capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande. O investimento previsto na nova unidade, que produzirá sistemas de armazenamento de grãos, será de R$ 85 milhões nos próximos dois anos. A fábrica deve fazer com que o processamento de aço dobre até 2005 – hoje, está em 40 mil toneladas anuais.

A empresa também anunciou ontem que investirá R$ 12 milhões na unidade em Panambi neste ano, o mesmo valor de 2002. O presidente da Kepler Weber, Othon DEça Cals de Abreu, explicou que a empresa já estava deixando de fechar negócios por falta de capacidade produtiva – a planta de Panambi atua com 100% de operação.

Entretanto, não foi cogitada uma segunda fábrica no Estado. A razão é simples: o Centro-Oeste brasileiro, que registra crescimento na produção de grãos, é um local estratégico para atender o restante do país. Assim, a unidade de Panambi deve atender às regiões Sul e Sudeste (até Minas Gerais), e a nova fábrica será responsável pelo restante do país.

– Procuramos só os governos de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, e escolhemos nos instalar onde obtivemos mais vantagens competitivas – afirma Abreu.

Pelo contrato assinado com o governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, e com o prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB), a primeira fase da construção estará pronta em 12 meses, processando até 20 mil toneladas de aço anuais. A Kepler Weber terá amortização de 60% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) durante 10 anos – poderá se tornar isenção total se a empresa manter em dia os pagamentos ao governo sul-matogrossense.

A prefeitura de Campo Grande entrou com a doação do terreno de cem hectares, onde será construída a fábrica. O local fica próximo ao aeroporto e à malha rodoviária, para facilitar o escoamento. Está em estudo, também, o uso do transporte ferroviário (há um terminal cerca de 5 quilômetros do terreno). No futuro, esperam os diretores, o aço fornecido pela Vale do Rio Doce poderá chegar de trem.

– O local tem boa infra-estrutura e localização, já que está no meio do Corredor do Pacífico – diz Abreu, se referindo a possíveis exportações para o Sudeste Asiático.

Panambi manterá fabricação de instalações portuárias

Do investimento de R$ 85 milhões, cerca de R$ 25 milhões serão aplicados pela empresa. O restante virá do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apenas a produção de sistemas de armazenamento de grãos funcionará em Campo Grande – em Panambi, seguirão sendo produzidas instalações portuárias e industriais e estruturas metálicas.

Quando a nova planta funcionar a pleno, em 2005, a transformação de aço deverá chegar a 50 mil toneladas por ano.