Redação AI 19/03/2004 – 06h00 – O presidente da Cooperativa Agroindustrial Lar, de Medianeira, Irineu da Costa Rodrigues, reuniu a imprensa esta semana para fazer um balanço dos 40 anos de existência da cooperativa, que hoje completa 40 anos de fundação. Rodrigues destacou o esforço dos associados, funcionários e colaboradores no sentido de transformar a Lar numa das maiores do Estado. “Este será um ano de consolidação de nossos projetos e também de expansão no setor industrial com aumento na produção de frangos, que é o nosso carro-chete”, destaca o presidente da Lar.
O otimismo de Rodrigues está calcado em dados estatísticos que mostram um crescimento vertical e contínuo da cooperativa nos últimos anos, tanto na recepção de produtos quanto na geração de empregos e melhoria da qualidade de vida dos associados. Atualmente a Lar vende seus produtos não apenas no mercado nacional. Ela conquistou importante fatia do mercado mundial, comercializando em 28 países. “Nossa estratégia é não vendermos apenas para um único mercado. Desta forma, não ficamos vulneráveis a problemas que venham atingir estes mercados”, argumenta.
Novas estratégias
As novas estratégias administrativas que incluem planejamento de longo prazo e estabelecimento de metas rígidas fizeram da Lar a segunda maior cooperativa em resultado líquido entre as cooperativas paranaenses, R$ 35,6 milhões, no ano passado. A consolidação deste perfil exigiu profundas mudanças administrativas e operacionais. Até 1995, a cooperativa tinha como foco principal a recepção e venda de produtos in natura. A partir de 1995 a empresa investiu na transformação da matéria-prima, com a conversão de proteína vegetal em proteína animal através implantação de um abatedouro de frangos, em Matelândia e também da implantação de uma indústria de vegetais conservas em Itaipulândia.
Reflexos
Esta nova realidade teve reflexos imediatos nas propriedades dos cooperados. A partir de então eles precisavam estar preparados para fornecer um produto de qualidade às indústrias e passaram por um longo processo de treinamentos e qualificação para se inserir na nova realidade. Os resultados financeiros foram extremamente compensadores. “Sabíamos que as pequenas propriedades não conseguiriam sobreviver apenas com a produção de grãos e passamos a oferecer alternativas de diversificação, como o frango, o leite e suínos”, destaca Irineo Rodrigues.
O faturamento anual da Lar também acompanhou a nova realidade. Em 1995 a cooperativa faturou R$ 102 milhões. Já em 2003 o faturamento saltou para R$ 690 milhões, com projeções de faturar quase R$ 900 milhões este ano.
Os números apresentados pela diretoria da Lar apontam também para outros benefícios diretos e indiretos na região. São quase 3 mil empregos diretos em todos os municípios de sua área de atuação, sem contabilizar os empregos gerados por empresas terceirizadas que prestam serviços à cooperativa. Somente no ano passado a cooperativa gerou mais sede R$ 47 milhões em impostos. As exportações somaram US$ 51 milhões. As sobras distribuídas entre os associados – na conta capital e em dinheiro – ultrapassaram os R$ 12 milhões.
Desafio para 2004
O presidente da Lar destaca que o desafio para este ano é atingir as metas estabelecidas tanto na recepção de produtos como no faturamento, estimado em R$ 892 milhões. “Queremos ser a ponte entre o produtor e o consumidor, passando por todas as fases da cadeira produtiva”, desta Irineo.
Ele acredita que, mesmo com a seca que atingiu a região, será possível atingir as metas de faturamento, uma vez que o preço dos produtos para o agricultor deve melhorar.