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Master aumenta a produção de suínos em Santa Catarina

<p>Aporte de R$ 26 milhões também prevê expansão na área de rações.</p>

Redação SI 28/09/2005 – A catarinense Master Agropecuária, empresa de criação independente que mantém parceria estreita com o frigorífico Perdigão, está dando início a um novo investimento de porte na região do planalto norte de seu Estado. De acordo com Mário Faccin, diretor-superintendente da Master, o objetivo é dobrar o número de matrizes suínas e ampliar uma fábrica de ração existente em Papanduva (SC).

Conforme Faccin, estão sendo investidos R$ 26 milhões na expansão das operações. Desse total, R$ 16,5 milhões são financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os demais recursos virão do caixa da empresa. No total, serão adquiridas 5,4 mil matrizes, e a capacidade de produção de ração da empresa passará de 80 mil toneladas para 127 mil toneladas por ano. A Master também produz ração em Videira (SC) e em uma unidade em Goiás, todas com a oferta praticamente voltada só ao consumo da própria companhia.

O Projeto Planalto Norte, com esses investimentos, terá sua segunda etapa concluída. O plano começou em 2000, quando a Master, com sede em Videira, no meio-oeste catarinense, decidiu investir no norte do estado, comprando na ocasião também 5,4 mil matrizes e instalando uma fábrica de ração, aproveitando-se do isolamento daquela área para criar animais com maior segurança sanitária. “Fomos ao planalto porque era uma região de baixa produção de suínos em Santa Catarina e de maior biossegurança”, diz Faccin.

Os aportes já estavam previstos no planejamento da empresa e não foram alterados por situação de mercado. Faccin até acredita que quando o maturação dos investimentos acontecer, em 2007, o mercado estará em um período ruim, já que ele prevê que haverá muita oferta de suínos devido ao maior número de produtores que se animaram com os bons preços dos últimos dois anos. “Mas esse é um mercado que tem ciclos. Temos que estar preparados para todos os períodos”, afirma o executivo.

No último ano, o preço do suíno em Santa Catarina está em patamar considerado remunerador, o que estimulou planos de ampliação de muitos criadores. Entre agosto e novembro de 2004, o quilo do suíno chegou ao seu pico, cotado entre R$ 3,10 e R$ 3,20. Na comparação agosto de 2004 e o mesmo mês deste ano, o quilo do suíno vivo subiu 14,2%, passando de R$ 2,18 para R$ 2,49, de acordo com dados da Epagri. O valor está hoje dentro do que os produtores costumam achar adequado, o equivalente a pelo menos US$ 1.

Com a ampliação das instalações, a previsão da Master Agropecuária é que seu número de funcionários passe de 160 para 215. O número de produtores integrados – que produzem para a companhia -, por sua vez, deverá aumentar dos atuais 106 para 166.

Fundada por um veterinário, ex-funcionário da Perdigão, a Master nasceu em 1994, depois de adquirir uma unidade com 750 reprodutores da Agroceres e da Pig Improvement Company mantida em Videira. Em 1998 a empresa chegou até Goiás, acompanhando a expansão da sua principal parceira, a Perdigão, em Rio Verde.

A empresa não revela o faturamento, mas informa que no ano passado sua produção foi de aproximadamente 220 mil animais. Neste ano o montante deve chegar a 245 mil e em 2007, a 370 mil.