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McDonalds exige de fornecedores europeus combate à gripe

<p>Nos últimos seis meses, a rede tem exigido dos fornecedores a realização de testes em suas aves para detectar eventuais infecções pelo vírus da doença.</p>

Redação AI (18/04/06)- A rede americana de restaurantes fast-food McDonalds informou que irá exigir de seus fornecedores europeus que passem a confinar suas criações de aves para garantir que não servirá lanches com produtos contaminados com o vírus da gripe aviária.

“Estamos impondo padrões que exigem que as aves criadas fora do confinamento sejam confinadas devido à ameaça de disseminação da gripe aviária”, disse ontem a vice-presidente do controle global de qualidade da empresa, Catherine Adams.

A exigência irá vigorar de seis a oito meses e vale para os ovos e para a carne de frango que a empresa compra dos fornecedores europeus. A medida pode gerar controvérsia entre os criadores europeus, disse Adams, devido à cultura européia de criar aves em áreas abertas.

As refeições com carne de frango têm ganhado espaço no cardápio da rede. Nos EUA, no ano passado, o McDonalds obteve mais receitas com refeições com carne de aves do que com carne bovina, disse o presidente e diretor-operacional da empresa, Mike Roberts.

Nos últimos seis meses, a rede tem exigido dos fornecedores a realização de testes em suas aves para detectar eventuais infecções pelo vírus da doença, disse o vice-presidente e diretor de compras da rede, Frank Muschetto. “Nos EUA temos criações voltadas exclusivamente para nós, por isso temos controle total”, disse.

Em outros países, no entanto, isso não acontece, lembrou Muschetto. Em alguns países europeus que fornecem aves para a rede, os testes são controlados pelos governos locais – que também decidem quando serão feitos ou não os testes.

Roberts lembrou que mesmo na China, com os casos de gripe aviária registrados no país, não houve queda nas vendas de refeições com carne de frango ou ovos. “Estamos vendendo mais [lanches de] frango agora do que antes” dos casos de gripe aviária na China, disse. Ele acrescentou que na Europa, em alguns países, as vendas de refeições com carne de frango chegaram a cair, mas logo tiveram recuperação.