Redação (26/09/06)- A primeira imagem que nos vem à cabeça, em se tratando de um país tão distante e cheio de tabus culturais como a China, é : qual o cardápio do dia-a-dia de sua população? O que será que os chineses comem?
Muitos ainda são os mitos de que na China se come “tudo o que se move” como besouros, cobras, escorpiões etc. De um lado esse quadro surgiu em parte por um passado de dificuldades e escassez de alimentos e, por outro, tem origem no aspecto cultural, em que comer cobras e escorpiões, por exemplo, teriam efeitos afrodisíacos.
Porém, tudo isso fica de lado quando vemos, no dia-a-dia, que os chineses têm pressa e tudo passa a ser resolvido de modo simples e rápido como uma simples ida a um supermercado, a um fast food, às feiras livres (de frutas, legumes e verduras) e outros tantos restaurantes e lanchonetes que têm no cardápio pato assado, bife acebolado, frango xadrez, ovos com tomate, lombo agridoce, peixes e camarões fritos, queijo tofu, sopas, macarrão tipo instantâneo etc.
Nos supermercados podemos ver a diversidade de cortes in natura de aves e suínos que chegam até a China e que dividem espaço com as carnes prontas assadas, fritas ou ao molho, como os famosos pés de galinha, que não podem faltar para os chineses.
Nas gôndolas frias a novidade fica por conta dos cortes resfriados de suíno “verde” em grande quantidade e nas prateleiras a curiosa e monástica venda de ovos embalados em uma unidade.
Existe ainda no interior do país a questão cultural do consumo de suínos abatidos no mesmo dia, mas até quando isso irá durar para alimentar tantas pessoas que migram do campo para a cidade (cujas distâncias são enormes)?
Tão importante quanto investigar os mitos sobre o consumo é estar preparado para as “muralhas” que são as barreiras sanitárias impostas para exportação. Fazendo isso e, se aperfeiçoando sempre em pesquisa e elevação do padrão de nossos cortes de aves e suínos, venceremos esta batalha cultural, seja pela qualidade seja pela credibilidade de nossos produtos “made in Brazil”.