Redação SI (18/10/2007) – Depois de um primeiro semestre de ajustes, a suinocultura brasileira começa a dar sinais de recuperação. Com preços mais remuneradores e firmes no mercado interno, os suinocultores finalmente começam a ver a possibilidade de sair do vermelho.
A desaceleração da produção (e o conseqüente queda da oferta de animais), o preço estável dos principais insumos de alimentação (milho e soja), e o bom fluxo das exportações brasileiras de carne suína neste ano, são os principais fatores que têm dado sustentação à recuperação do setor.
“Com um ritmo de produção mais cadenciado e exportações com volumes semelhantes aos verificados em 2005, o mercado ficou mais equilibrado e os suinocultores já começam a sentir os reflexos desse cenário favorável”, avalia Fernando Pereira, diretor Superintendente da Agroceres PIC.
Segundo Pereira, outros dois fatores devem assegurar melhores dias para a suinocultura nacional neste segundo semestre: a chegada das festas de final de ano e o recuo na oferta de carne bovina no mercado interno. “Desde o início deste ano a oferta de bovinos para o abate vem se reduzindo, ao mesmo tempo em que as exportações do setor seguem muito bem”, argumenta o diretor Superintendente da Agroceres PIC. “Conseqüentemente a oferta de bovinos, que é uma carne grande concorrente da carne suína no mercado interno, vai decrescendo e encarencendo abrindo espaço para a carne suína”.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), o setor suinícola nacional deve encerrar o ano com uma produção 3,02 milhões de toneladas.