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Nutrição Animal

Nutrir para prevenir

A dieta do suíno atua também em seu sistema imunológico, estimulando seu mecanismo de defesa, ajudando na prevenção de doenças.

Nutrir para prevenir

O fornecimento de uma ração de qualidade, bem formulada, com adição de suplementos além de “matar a fome” do suíno,  também pode fortalecer seu sistema imunológico e reduzir a incidência de doenças no plantel. “Trata-se de uma maneira de prevenir danos dentro da suinocultura em qualquer país”, afirma o professor norte-americano Jeffery Escobar .

“Interação entre Nutrição e Imunologia: o que pode o nutricionista de suínos fazer?” foi o tema da palestra ministrada por Escobar durante o IV Clana – Congresso Latino Americano de Nutrição Animal. O evento é promovido pelo Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), em conjunto com a Associação Mexicana de Especialistas em Nutrição Animal (Amena), e termina hoje (26/11) , em São Pedro (SP).

Segundo Escobar, os suínos vivem rodeados por microrganismos, como bactérias, vírus e parasitas, e outros antígenos, como, por exemplo, os alérgenos. Tal convivência ativa o sistema imunológico, que é constantemente desafiado a lidar com infecções subclínicas diariamente. “Porém, quanto maior for a presença destes organismos, menor será o desempenho obtido pelo animal, que deverá crescer mais devagar e consumir menos alimentos do que o suíno criado em ambientes mais higiênicos”, salienta.

Proteína- Escobar explica que nutrientes absorvidos na alimentação do suíno, que serão alocados para apoiar a acumulação da proteína do músculo esquelético e do crescimento animal, são designados para os processos metabólicos que suportam o sistema imune, que durante uma infecção, é de maior prioridade biológica. “Logo, a ração pobre em substâncias protéicas, prejudicará o desenvolvimento fisiológico do animal”, explica o professor. “Ao ser contaminado por algum organismo, o suíno deve transferir a proteína ingerida para o combate de doenças, prejudicando, por conseqüência seu crescimento”

Em geral, as doenças mais conhecidas que aitngem os animais de exploração não causam perda de massa muscular. Em vez disso, essas doenças causam reduções significativas e crônicas no crescimento. “No entanto, é razoável dizer que os mecanismos envolvidos na perda de massa muscular também estão envolvidos na redução da deposição de proteína muscular em animais infectados, com crescimento lento”, diz Escobar. “Portanto, decidir quando incluir alimentos funcionais na dieta de suíno e por quanto tempo estes devem ser usados merece uma análise cuidadosa”, finaliza o professor.