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Ouro Fino aposta em sementes forrageiras

<p>Grupo pretende atuar em toda a cadeia de insumos para o mercado pecuário.</p>

Da Redação 07/06/2005 – A empresa de saúde animal Ouro Fino, de Ribeirão Preto (SP), está reforçando a aposta no segmento de alimentação animal. Este ano, a empresa está quase quadruplicando a produção de sementes forrageiras e em 2006 iniciará a produção de cultivares de milho e de sorgo para ração animal. “O grupo pretende atuar em toda a cadeia de insumos para o mercado pecuário”, diz Luiz Augusto Castro Alves, gerente comercial da Ouro Fino.

O volume de produção ainda é baixo, cerca de 1,5 mil toneladas de sementes forrageiras (de capim) para este ano, ante 480 toneladas em 2004. Mas a meta da empresa para o longo prazo é ambiciosa: se situar entre as quatro principais produtoras de sementes forrageiras do país em cinco anos, concorrendo com as atuais líderes Matsuda, Wolf Seeds, Agrocosta Sementes e JC Maschietto.

Alves observa que parte da produção será exportada para países, como México, Guatemala, Panamá, Nicarágua, Colômbia e Equador. Segundo ele, este ano, a empresa já exportou 300 toneladas, ante 180 toneladas em igual período de 2004. A produção é comprada de agricultores cooperados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia e beneficiada em Cravinhos (SP).

A Ouro Fino começou a atuar em 2003 na produção de sementes de forrageiras, com a criação da divisão Ouro Fino Agrosciences, que recebeu investimento de R$ 2 milhões. Para os próximos dois anos, a empresa planeja investir mais R$ 2 milhões em novas cultivares. Em 2004, a divisão foi responsável por 2% da receita do grupo, de R$ 94 milhões. Para este ano, a empresa espera elevar a receita total em 35%, para cerca de R$ 127 milhões, e a previsão é que a divisão Agrosciences responda por 4% a 5% dessa receita. “Agora, a empresa quer abranger mais produtos e por isso inicia em 2006 a produção de milho e sorgo, voltados tanto para ração animal quanto para consumo humano”, afirma Alves.

A Ouro Fino fabrica produtos de saúde animal para bovinos, aves, suínos, entre outros, e tem na pecuária bovina o principal negócio, responsável por 50% de sua receita. Neste ano, o grupo espera crescer 36% com aumento de exportações e vendas internas. Em maio, o grupo inaugurou uma unidade de saúde animal em Cravinhos, com capacidade para produzir 6 milhões de doses de medicamentos por mês.