Da Redação – 24/06/2004 14h12 – A Ouro Fino Saúde Animal, unidade de negócio do Grupo Ouro Fino, acaba de entrar no mercado de nutrição animal com o lançamento do Ouroforte, um aditivo acidificante para aves e suínos, que contribui para a melhoria no desempenho das criações. O produto é o primeiro no mercado brasileiro a utilizar o ácido benzóico em sua composição.
De acordo com o zootecnista responsável, Rafael Neme, estudos comprovaram que o ácido benzóico é o que tem um dos melhores efeitos bactericidas. “O Ouroforte não é um antibiótico como a maioria dos produtos que encontramos no mercado. Ele é natural e, por isso, os testes com o Ouroforte têm obtido resultados tão eficientes nas criações”, explica Neme.
Segundo o diretor comercial, Carlos Henrique Henrique, com o novo produto, a empresa espera obter um faturamento em torno de R$ 5 milhões até o final do ano e, com outros lançamentos da linha de nutrição animal, o valor pode chegar a R$ 7 milhões. A Ouro Fino vai comercializar o produto junto às agroindústrias e granjeiros do país.
O Ouroforte é adicionado às rações dos animais e o seu uso visa proporcionar a melhora da saúde intestinal, a diminuição das diarréias pós-desmame e das infecções urinárias em matrizes suínas, além da melhora da digestibilidade e absorção dos nutrientes, problemas comuns nas criações, mas que afetam a produtividade. “As infecções urinárias, por exemplo, atrasam o retorno do animal ao cio, afetando assim, o índice reprodutivo. O Ouroforte ajuda a evitar esse problema”, conta Neme.
Atualmente, existem muitos antibióticos no mercado que atuam como promotores de crescimento em aves e suínos, ou seja, diminuindo a incidência de doenças e, conseqüentemente, aumentando a produtividade. Mas, segundo Neme, pesquisas realizadas por especialistas da Comunidade Européia mostram que esses medicamentos deixam resíduos na carne dos animais. “Com esse conhecimento, voltamos nosso estudo e trabalho a um aditivo como o Ouroforte, que não deixa nenhum tipo de contaminação no animal, já que não é um antibiótico”, explica.
A entrada no mercado de nutrição animal contou com investimentos de um ano e meio em pesquisas, construção de laboratórios e contratação de profissionais especializados. Os pesquisadores fizeram testes com o produto em granjas de Santa Catarina e também na Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal. Um outro fator que contribuiu para o desenvolvimento do Ouroforte é que a Comunidade Européia começou a combater o uso de antibióticos como promotores de crescimento, justamente pelos resíduos deixados na carne. Como as exportações para esses países vem aumentando, os produtores precisaram se adaptar também a essa nova realidade. E aí o nosso produto tem um grande potencial, diz Henrique.
Segundo dados da Associação das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), o Brasil alcançou recorde nas exportações em 2003, com aumento de 13,5% em relação ao ano anterior, movimentando cerca de US$ 546 milhões e 491 mil toneladas. Outro dado importante que mostra o crescimento de mercado e a importância de produtos como Ouroforte para aquecer ainda mais o segmento é o da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef). Em 2003, o setor exportou cerca de 6.075 mil toneladas de frango.