O III Congresso Ibero-americano de Suinocultura teve início na manhã de hoje em Gramado, Rio Grande do Sul, com a participação de representantes da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e OIPORC (Organização Ibero-americana de Suinocultura, do espanhol) e delegações de 22 países americanos e europeus.
O evento, organizado pela ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), Oiporc e FAO, debate o Plano Continental para Erradicação da Peste Suína Clássica (PSC) e contará com apresentações e palestras sobre os serviços e os sistemas de inspeção sanitária em diferentes países do continente bem como sobre as novas regras da OIE sobre o controle da enfermidade.
As palestras começaram com o anfitrião e presidente da ABCS, Marcelo Lopes, que deu as boas vindas e apresentou a suinocultura brasileira aos convidados. “A suinocultura brasileira tem um grande campo a avançar bem como o setor em outros países aqui representados. É uma honra receber este evento para que possamos trabalhar em conjunto em favor do continente”, resumiu.
Em seguida, a coordenadora-geral do departamento de saúde animal do Ministério da Agricultura, Denise Euclydes Mariano Costa, reiterou o compromisso do governo com a suinocultura brasileira tanto nos sistemas de controle sanitário como no aspecto econômico. “O Ministério de Agricultura quer dedicar todo o empenho na questão da erradicação da peste suína clássica no continente”, disse.
Já o consultor da FAO, Jorge Miquet, apresentou um panorama dos serviços sanitários para suínos em vários países das Américas, apontou melhoras em relação ao passado, mas frisou que há muito a avançar no continente quanto ao controle e/ou erradicação da PSC e outras enfermidades. “É importante que países que estão mais avançados ajudem os demais. Acredito que 2020 é uma boa data para erradicarmos a PSC do continente”, disse.
Livre de PSC e declaração obrigatória
O representante da OIE, Martín Minassian, apresentou as regras do órgão internacional para reconhecimento do status “livre de PSC” de um país. Como regra geral, a declaração de “Livre de PSC” só pode ocorrer depois de 12 meses comprovados à OIE sem nenhum caso da doença, com ou sem vacinação, em determinado país ou região.
O especialista detalhou também as principais mudanças dos códigos sanitários da OIE sobre a suinocultura no mundo, as exigências documentais para o reconhecimento e outros procedimentos. Entre elas, a declaração obrigatória da PSC, a necessidade de um plano de contingência, etc. Os procedimentos completos estão no site da OIE no tópico “Sanidad animal en el mundo” (www.oie.int).